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FGC apela contínua digitalização do sistema financeiro angolano

O administrador para a área de negócio do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), Eduardo Mohamed, alertou aos empresários a olharem para as tecnologias de informação como um investimento necessário, com vista a contínua digitalização do sistema financeiro angolano.

O responsável, que falava durante o Fórum Global de Finanças para as Pequenas e Médias Empresas, decorrido de 11 a 17 deste mês, em Mumbai (Índia), considerou a digitalização do sistema financeiro e de outros sectores como um “caminho irreversível”.

Na ocasião, Eduardo Mohamed referiu que qualquer tipo de negócio que “não esteja ligado à digitalização tem, provavelmente, os seus dias contados”.

Reconheceu que a digitalização em África e, particularmente, em Angola é uma dificuldade identificada pelas instituições financeiras no momento do acesso à informação das empresas.

Essa dificuldade, adiantou, é identificada no processo de concessão de crédito e da garantia pública, bem como na fase da análise do risco de crédito e no acto de pagamento de serviço da dívida pelas Pequenas e Médias Empresas (PME).

Quanto à participação no Fórum Internacional, o administrador referiu que o evento serviu para o FGC procurar ferramentas de melhoria para o seu serviço e das Micro, Pequenas e Médias Empresas angolanas.

“Queremos que essas instituições parceiras melhorem as suas infra-estruturas a todos os níveis, de modo a oferecer aos seus clientes um serviço facilitado e completo”, ressaltou.

A importância da inclusão e o desenvolvimento dos ecossistemas digitais nas PME dos países em desenvolvimento foi, igualmente, defendida por gestores de empresas da Índia, Singapura, Alemanha e Estados Unidos, que participaram no Fórum.

Ainda no quadro do Fórum Global de Finanças, os gestores também foram unânimes em afirmar que existem passos a serem dados para que se alcance o nível necessário no que concerne à implementação digital nas empresas, com vista à obtenção de financiamento.

Sudatta Mandal, sub-director geral do Banco de Desenvolvimento de Pequenas Indústrias da Índia, defendeu que a base de dados representa uma oportunidade para as empresas manterem, não apenas os seus registos comerciais, clientes e impostos, mas todo o historial que permita a classificação do risco no momento de solicitação de financiamento.

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