FADA disponibiliza 15 mil milhões para financiar caixas comunitárias
O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) tem disponível uma linha de financiamento avaliada em 15 mil milhões de Kwanzas para reforçar a tesouraria das caixas comunitárias das associações e cooperativas agrícolas do país.
A informação foi prestada hoje, terça-feira, pela presidente do Conselho de Administração do FADA, Felisbela Maria da Costa Francisco, quando orientava, na cidade do Huambo, o acto de lançamento oficial de esclarecimento do produto de financiamento “Crédito às caixas comunitárias”, criado este mês.
Na ocasião, fez saber que com o lançamento do novo produto financeiro, o FADA pretende dinamizar o potencial das cooperativas agrícolas com caixas comunitárias, cujo foco principal consiste em apoiar as suas necessidades financeiras voltadas para o fomento à produção agro-pecuária nas modalidades de crédito ao investimento, à produção e à comercialização.
Explicou que a aprovação do projecto justifica-se pela importância das associações e cooperativas agrícolas que possuem caixas comunitárias, por se constituem em fontes essenciais de força e resiliência para os agricultores locais.
“É por este motivo que estamos a lançar este produto financeiro, com o objectivo de personificar o espírito de colaboração e apoio mútuo que define as comunidades agrícolas em todo o país”, acrescentou.
Segundo a gestora, o mesmo foi conferido para fornecer um apoio financeiro vital às cooperativas, permitindo-lhe expandir as suas operações, adquirindo insumos e equipamentos agrícolas e acima de tudo estabelecer e fortalecer o sustento das comunidades rurais.
Com esta iniciativa, prosseguiu, o FADA não está a conceder apenas financiamento, mas, também, a estabelecer uma parceria comprometida com o crescimento sustentável das cooperativas agrícolas.
Neste contexto, referiu que os técnicos e parceiros trabalharão em conjunto com as organizações beneficiadas, capacitando-as para desempenhar um papel ainda mais significativo no desenvolvimento agrícola de Angola, fornecendo orientações para garantir a aplicação eficaz dos recurso e a maximização dos seus benefícios.
Na ocasião, reafirmou o compromisso da do FADA com as cooperativas agrícolas do país, continuando a fornecer orientação, assistência e parceria para garantir que o produto financeiro crédito às caixas comunitárias seja um veículo eficaz para o crescimento sustentável e para o crescimento sustentável das comunidades agrícolas e familiares em todo o país.
Por sua vez, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico do Huambo, Angelino Elavoco, destacou o papel do FADA em disponibilizar à economia nacional e local, de forma particular, um conjunto de serviços virados para a diversificação da economia, promovendo o sector agro-pecuário, cujo público-alvo tem sido os agricultores familiares e cooperativas agropecuárias.
Este contributo, segundo o responsável, vem responder aos desafios da promoção do desenvolvimento económico ou na implementação das políticas que atenuem os efeitos negativos de uma crise económica, que exigem dos governos intervirem com um conjunto de medidas que visam estimular a actividade económica.
Ainda em termos de acções do FADA, fez saber que durante a campanha agrícola passada, foram distribuídas três mil 189 toneladas de adubos do tipo NPK 12-24-12, 832 toneladas de sulfatos de amónio e 263 toneladas ureia, para além de elevadas quantidades de sementes diversas, igualmente, distribuídas ao sector da agricultura familiar.
A nova linha de financiamento do FADA, que resulta das medidas de estímulo à economia e dinamização do seu potencial, aprovado pelo Governo angolano, será implementada, numa primeira fase, para além do Huambo, às províncias do Bié e Malanje, por possuírem maior número de associações e cooperativas agrícolas com caixas comunitárias constituídas com o apoio do Banco Mundial.
Serão beneficiadas cooperativas associações que reúnam requisitados nos termos do Decreto Presidencial nº112 /19 de 16 de Abril e Lei nº 22/15 de 31 de Agosto e desenvolvam como principais actividades a produção de cereais, raízes, tubérculos, leguminosos, frutas e hortícolas.
Cada uma delas poderá pedir um financiamento até 25 milhões de Kwanzas a ser reembolsado num prazo de cinco anos e com uma taxa de três por cento do valor global.
Depois do encontro de esclarecimento, que contou com a participação de representantes de associações e cooperativas agrícolas, bem como membros das organizações da sociedade civil, seguiu-se a assinatura de contratos por parte de alguns beneficiários.