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Envio de migrantes ilegais do Reino Unido para o Ruanda só depois das eleições

Os voos para o Ruanda com migrantes em situação irregular só vão partir depois das eleições legislativas britânicas marcadas para 4 de Julho, admitiu hoje, quinta-feira, dia 23, o primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador Rishi Sunak.

O primeiro voo partirá em Julho e depois haverá uma série de voos durante o Verão para reforçar a capacidade de dissuasão”, afirmou, em declarações à rádio LBC.

Pressionado a esclarecer se teriam lugar antes de 4 de Julho, Sunak admitiu que seriam “depois das eleições”. “O trabalho de preparação já começou”, vincou.

O líder do Partido Conservador afirmou que a escolha é entre ele e o rival Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, o qual alegou que “cancelará o plano e oferecerá aos imigrantes ilegais uma amnistia”.

O Governo britânico aprovou em Abril uma lei polémica que abre caminho ao envio de migrantes que chegam ao Reino Unido em embarcações através do Canal da Mancha, que separa Inglaterra e França, para o Ruanda, na sequência de um acordo com este país.

Sunak argumentou na rádio que “15 outros países europeus concordam” com a abordagem de Londres sobre a deportação de migrantes ilegais para países terceiros.

Na semana passada, 15 Estados-membros da União Europeia propuseram a transferência de requerentes de asilo para países terceiros seguros e parcerias “mutuamente benéficas e duradouras” com os principais países ao longo das rotas migratórias, de forma a “reduzir a pressão” migratória.

Numa missiva enviada à Comissão Europeia, os ministros do Interior e da Migração de Itália, República Checa, Bulgária, Dinamarca, Estónia, Grécia, Chipre, Letónia, Lituânia, Malta, Países Baixos, Áustria, Polónia, Roménia e Finlândia propuseram medidas para responder aos “desafios relativos ao sistema de asilo e migração da União Europeia (UE), com um aumento acentuado das chegadas irregulares, [que] são insustentáveis.”

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, convocou na quarta-feira, dia 22, eleições legislativas para 4 de Julho, após receber do rei Carlos III autorização para dissolver o parlamento.

O Partido Trabalhista, maior força política da oposição, é o favorito para ganhar as eleições, tendo em conta a vantagem de cerca de 20% à frente do Partido Conservador, no poder desde 2010.

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