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Ensino Superior vai disponibilizar perto de 100 milhões de kwanzas

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação vai disponibilizar, este ano, perto de 100 milhões de kwanzas para as escolas superiores de investigação científica, anunciou, esta segunda-feira, a ministra Maria do Rosário Bragança.

A governante, que falava durante uma audição aos deputados da 6.ª Comissão da Assembleia Nacional, que trata de assuntos de Saúde, Educação, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, explicou que, deste valor, 40 milhões de kwanzas vão para as universidades, pouco mais de 30 milhões aos institutos superiores e cerca de 29 milhões de kwanzas para escolas superiores de investigação científica.

Segundo Maria do Rosário Bragança, o Ministério que dirige reconhece a necessidade de haver mais investimentos na ciência, mas considerou que os parcos recursos disponibilizados através de um financiamento de Angola e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), quer para projectos de investigação científica, quer para os investigadores angolanos de instituições públicas, com acesso a revistas científicas, não respondem às necessidades dos projectos apresentados.

“Atrevo-me a dizer que para tanta queixa de falta de financiamento temos poucas candidaturas. A Fundação para o Desenvolvimento Científico (Fundicit) também fez os seus editais. Em breve vamos saber os resultados das 199 propostas para projectos de investigação científica e para o fomento institucional. São poucas propostas recebidas para muita queixa de financiamento, num país com mais de 100 instituições de ensino superior e outras tantas de investigação e desenvolvimento”, lamentou a ministra.

No âmbito do projecto do Ensino Superior, Ciência e Inovação, Maria de Rosário Bragança anunciou que o Banco Mundial vai emprestar, 150 milhões de dólares, até 2027, além de estarem previstos, igualmente, 50 milhões de dólares da Parceria Global para a Educação. “As instituições de ensino superior públicas vão ser desafiadas a apresentarem projectos dentro daquilo que se chamam acordos com base em resultados e, brevemente, será lançado um edital, avaliado em 40 milhões de dólares”, adiantou.

Abordada pelos deputados sobre a docência no Ensino Superior, a ministra informou que está a ocorrer um concurso público e cabe às instituições filtrar os melhores. “Se o país está a investir somas avultadas em programas de formação pós-graduação no exterior, e havendo tanta queixa de empregabilidade, as instituições de Ensino Superior são o foco de atracção dos melhores”, referiu.

Maria do Rosário Bragança reconheceu que o Ministério tem responsabilidades no desenvolvimento profissional contínuo dos docentes, incluindo a propiciação de cursos de especialização de gestão do ensino superior, para que haja profissionalização, além de outros elementos de capacitação.

Relativamente ao processo de harmonização curricular, disse que os cursos da área de educação, nomeadamente os educadores de infância e professores do ensino primário, já estão com as características que se pretendem em período experimental.

Outro tópico fundamental da audição, segundo Maria do Rosário Bragança, foi a relativa à oferta formativa nacional. “Não basta termos o ensino superior em todas as províncias. Esta formação tem de ser relevante para o desenvolvimento do país, porque um dos desafios neste acordo com o Banco Mundial é, precisamente, dentre os diferentes objectivos, a criação de condições para terem cursos das áreas stand, em ciência, tecnologia, engenharias e matemática”, disse.

A ministra defendeu políticas que proporcionem maior frequência de mulheres no ensino superior para promover a equidade.

 

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