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Empresas alinhadas às boas práticas têm acesso facilitado ao financiamento

O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, afirmou, quarta-feira, em Luanda, que as empresas que incorporam os princípios dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), nas suas práticas comerciais, podem ter acesso a financiamentos e investimentos sustentáveis.

Ao discursar no encerramento da III Conferência sobre Ambiente e Desenvolvimento,  que decorreu com o tema “Impactos dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos Negócios”, promovido pela revista Economia & Mercado, Mário Caetano João apontou que os ODS têm o potencial de transformar a forma como os negócios operam, dando oportunidades de mercado, melhoria na competitividade, promovendo a eficiência operacional e gestão de riscos, são acções que facilitam o acesso a financiamentos.

Segundo o ministro, em Angola, as empresas estão cada vez mais a ganhar consciência da necessidade de alinhar os seus planos de investimentos às metas de desenvolvimento sustentável.

Recorrendo a um estudo da empresa de consultoria PWC, com o apoio do Gabinete do PNUD em Angola, Mário Caetano João disse que, em 2021, cerca de 66 por cento de um total de 44 empresas tinham a sua estratégia alinhada com os ODS, sendo que 59 por cento davam maior ênfase ao ODS 8 (trabalho decente e crescimento económico).

O ministro da Economia e Planeamento afirmou que os ODS têm um impacto significativo nos negócios, daí ter defendido um trabalho articulado para servir de catalisador. Acrescentou ainda que os ODS incentivam as empresas a velarem pela eficiência operacional e adoptarem práticas sustentáveis nas suas operações, o que leva à melhoria na eficiência energética, redução de resíduos, uso responsável da água e optimização da cadeia de suprimentos.

Segundo disse, tais medidas não apenas reduzem o impacto ambiental, mas resultam em economia de custos operacionais a longo prazo.

 Acção climática

O ministro apontou ainda a gestão de riscos dos ODS que ajudam as empresas a identificarem e gerir riscos empresariais relacionados com questões sociais, ambientais e de governação. Como exemplo, o ODS 13 (acção climática) destaca a importância de se adaptar às mudanças climáticas e mitigar os seus efeitos.

As empresas que não consideram esses riscos correm o risco de enfrentar interrupções nas operações, perda de reputação e potenciais implicações legais, mas principalmente o acesso ao mercado, que afecta os seus negócios. Mário Caetano João disse que o alinhamento das empresas com os ODS permite não só identificar e gerir potenciais riscos para o negócio, mas também impulsionar a inovação e proporcionar novas oportunidades.

A iniciativa fortalece o papel do sector privado, colocando-o como um dos actores essenciais na resolução dos maiores desafios globais, indo além das actividades do seu core business, da filantropia e das parcerias público-privadas.

Os ODS são compostos por 17 metas que abrangem uma ampla gama de questões, incluindo erradicação da pobreza, igualdade de género, energia limpa, acção climática, entre outras.

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