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Educação precisa de mais de 62 mil professores

O sistema de ensino angolano precisa de  um total de 62.444 professores, para colmatar o défice existente no sector, revelou a directora nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Educação, Laudemira de Sousa.

A responsável, que falava durante a apresentação da Carreira do Docente no Sector da Educação, no âmbito do 18º Campo Nacional de Férias dos Estudantes Universitários (CANFEU), realçou que o número, elevado, resulta do facto de o Executivo ter vindo a construir muitas infra-estruturas escolares nos últimos anos.

Laudemira de Sousa explica que a mobilidade no sector, igualmente grande, principalmente com a situação das reformas, mortes, transferências e destacamentos, é outro factor com influência nessa necessidade de mais professores.

Porém, a directora nacional avançou que, para ocupar os referidos postos, os candidatos devem ter um certo perfil, que está estabelecido no Decreto nº 60/18, de 3 de Junho, que define que o professor do ensino primário deve estar formado em Instrução Primária. Disse que, nesta matéria, o país está numa fase em que o sector não precisa de adaptação, embora ter vivido fases de adaptações, em que bastava saber ler e escrever para se ser professor.

Laudemira de Sousa considerou que, ao longo destes anos, o país formou bons quadros, existindo, por isso, um número suficiente de candidatos para as vagas de instrução primária e primeiro ciclo. “Temos muitos profissionais formados nas especialidades para leccionar as disciplinas em causa, com destaque para Matemática e Física”.  A directora nacional reconheceu que, para o ensino técnico-profissional, há um défice, porque nas carreiras técnicas tem-se as Ciências das Engenharias, e existem poucos quadros que querem deixar as suas profissões para poder exercer de forma exclusiva a docência.

A ministra da Educação, Rosa Grilo, ao falar no mesmo acto, fez referência que, desde o primeiro concurso público, em 2018, foram contratados 45 mil professores e 7.500 auxiliares de limpeza. A contratação deste último grupo não é responsabilidade do Ministério.  Luísa Grilo realçou que, no mesmo período, o sector da Educação promoveu 181.624 professores e, actualmente, decorre um processo de promoção para a carreira geral dos docentes, onde o tempo de serviço conta a partir do ano da licenciatura.

Quanto aos manuais escolares, a ministra referiu que o sector da Educação imprimiu 48.628.614 livros para serem distribuídos, no próximo ano lectivo. “Os mesmos não foram usados agora, por conta da revisão que sofreram”.

Luísa Grilo explicou que as escolas construídas, desde 2018 até 2022, beneficiam de 2.304.985 carteiras, tendo assegurado não existirem escolas sem este mobiliário.

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