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Eanes diz que Angola “muito fica a dever” a JES

O antigo Presidente português Ramalho Eanes defende que Angola “muito fica a dever” ao ex-presidente José Eduardo dos Santos, pelo seu papel de “relevante importância” num país recém-independente, “assoberbado” por anos de “guerra e destruição”.

O antigo Presidente português Ramalho Eanes defende que Angola “muito fica a dever” ao ex-presidente José Eduardo dos Santos, pelo seu papel de “relevante importância” num país recém-independente, “assoberbado” por anos de “guerra e destruição”.

Numa nota enviada à agência Lusa, o general António Ramalho Eanes recordou que conheceu o falecido chefe de Estado angolano aquando das exéquias do presidente Agostinho Neto, em 1979, e voltou a encontrar-se com ele em Luanda, em 1982, aquando da sua visita, como Presidente da República, na sequência de um convite que Agostinho Neto tinha feito em 1978, “com o propósito político de encontrar vias de normalização das relações de Portugal com Angola”.

“Impressionaram-me a sua naturalidade e o seu propósito de, com realismo, pacificar e desenvolver Angola. Mantive, com ele, uma relação relativamente cordial, que se prolongou para além do exercício da minha função presidencial. Pondo de parte tudo isso, entendo que, perante o seu falecimento, devo dizer que Angola muito lhe fica a dever”, considerou o primeiro presidente português eleito democraticamente em sufrágio universal após o 25 de Abril de 1974.

“Creio bem que, na ‘contabilidade política’ geral de uma Angola, de nascente independência, assoberbada por muitos anos de guerra e destruição, José Eduardo dos Santos teve um papel de relevante importância, que é justo reconhecer”, acrescentou.
JES respondeu “com acerto político e sucesso final à guerra civil, tendo tido o mérito de defender a manutenção das Forças Armadas angolanas” com quadros provenientes do seu partido, o MPLA, e UNITA.

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