É necessária lei que limite o acesso ao consumo de álcool, defende associação angolana do sector
Em Angola, o consumo de bebidas alcoólicas tem-se adensado nos últimos anos, sobretudo no seio da juventude, factor responsável pelo aumento da violência no ambiente familiar, por maiores níveis de delinquência e criminalidade, sinistralidades rodoviárias, lutas entre gangues de rua, entre outros males.
O flagelo foi mais uma vez denunciado pela Associação Angolana da Luta Contra as Drogas que aponta o consumo de bebidas alcoólicas como a terceira maior causa de morte no país.
De acordo com Claúdio Pinto, Presidente da Associação Angolana da Luta Contra as drogas, é necessário que Angola tenha uma legislação para se contornar a situação, bem como uma apertada fiscalização que restrinja a venda de bebidas alcoólicas. “Ou a Assembleia Nacional assume, por sua iniciativa, levando a plenário ou então o Ministério da Saúde volta a remeter à presidência e a presidência leva ao Conselho de Ministros e voltamos a incentivar os dois grupos parlamentares no sentido de poder efectivamente retomar a lei já aprovada pelo Governo e este, na sua materialização, vai criar mecanismos de fiscalização em todo o país para que se limite o acesso a bebidas alcoólicas”, defende. E acrescenta: “O consumo só vai ser controlado por via de lei, tal como fizeram os países vizinhos como a República Democrática do Congo (RDC), África do Sul ou Namíbia. A RDC tem 80 milhões de habitantes comparativamente com o nosso país que somos 30 e poucos milhões, mas eles consomem menos quantidade de bebidas alcoólicas. A África do Sul tem 60 milhões e consome menos do que nós. E qual é a razão: Eles têm leis que limitam o acesso a bebidas alcoólicas.”