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Dia Mundial da Língua Portuguesa celebrado hoje em 60 países

Hoje, 5 de Maio, assinala-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa, decisão tomada em 2019 na 40ª Assembleia Geral da UNESCO. Do Senegal ao Japão, da Etiópia ao EUA, da Austrália ao Panamá, passando por Luxemburgo, Dinamarca ou Ucrânia, serão 60 os palcos para assinalar este dia com actividades asseguradas através da rede externa do Ministério do Negócios Estrangeiros de Portugal.

Em Lisboa, o Festival Internacional das Artes em Língua Portuguesa (Festlip) é um dos pontos altos das comemorações. Este festival, que tradicionalmente acontece no Rio de Janeiro, assinala 15 anos com uma edição extra no mês de maio e uma programação especial de três dias na cidade de Lisboa.

A edição portuguesa do festival contará com o espetáculo teatral “A terceira Margem do Rio”, baseado na obra do escritor brasileiro Guimarães Rosa, com direção do diretor Paulo de Moraes numa parceria com a companhia portuguesa Teatro Meridional, que acolhe o Festlip nas suas instalações. “Mesmo com toda a riqueza da nossa língua, não encontro palavra para significar a parceria e o acolhimento do Teatro Meridional aqui em Lisboa. Desde 2010, na sua primeira participação no Festlip, nossas sinergias foram estabelecidas. Fiquei encantada com a forma como o Meridional trabalha a dramaturgia, procurando fazer da língua portuguesa um encontro com a sua própria história”, afirmou Tânia Pires Abrão à RDP.

O elenco do espectáculo é formado pela companhia teatral Trupe Festlip, criada em 2017, a única no mundo composta por actores dos nove países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

Prémio Camões é hoje entregue à moçambicana Paulina Chiziane

Esta tarde, dia 05, no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, será entregue à escritora moçambicana, Paulina Chiziane, o Prémio Camões, edição 2021. Paulina é a primeira mulher a receber o mais alto galardão literário de língua portuguesa.

Paulina, reagindo à atribuição do prémio, disse:  “Foi uma tempestade. Nunca imaginei que isso podia acontecer comigo. Eu não ligo nenhuma aos prémios. Fiquei com a casa cheia de jornalistas. Não sabia o que fazer, nem o que responder. Encontraram-me bem sentadinha no meu canto preferido, em baixo da árvore, com a fogueira, apesar do calor. Foi uma confusão. Mas uma confusão feliz. Durou uns dias. Fiquei com os pés meio trémulos. Não conseguia ficar de pé e em segurança como sempre. Mas depois habituei-me à ideia.”

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