Defesa tenta evitar que processo de general Kopelipa e pares vá a julgamento
O advogado Benja Satula, representante das empresas Utter International Limited e a Plansmart International Limited, ouvidas, ontem, em instrução contraditória, argumentou que tenciona derrubar, uma por uma, as alegações da acusação e evitar que o processo siga a julgamento, a contento dos seus constituintes.
Teve início, ontem, no Tribunal Supremo, a instrução contraditória sobre o processo-crime que envolve os generais na reforma Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, Fernando Gomes dos Santos e as empresas Utter International Limited e a Plansmart International Limited.
Ao falar à imprensa no final da sessão, o advogado Benja Satula, que representa as empresas Utter International Limited e a Plansmart International Limited, referiu que se houver justiça as organizações que advoga, poderão sair absolvidas do processo de que vêm acusadas. “Estou a dizer que se se julgar com imparcialidade, isenção, e se a instrução contraditória jogar o seu verdadeiro papel, esta- mos convencidos que vai correr tudo muito bem”, perspectivou o causídico.
O advogado sublinhou que tudo irá fazer para enfraquecer a acusação do Ministério Público (MP), ou tentar evitar que o processo transite em julgado, a contento dos seus constituintes. As empresas em causa estão arroladas no processo número 004/23, acusadas de burla por defraudação, falsificação de documentos e tráfico de influências contra o Estado angolano.
Sessão à porta fechada
O início da instrução contraditória, cuja sessão dispensou, por ordem do juiz, o princípio da publicidade, ouviu apenas um dos co-arguidos e três testemunhas. Segundo uma fonte daquele órgão de soberania, a sessão estava inicialmente aberta à participação da imprensa de acordo com uma comunicação do Ministério Público.