
Dalva Ringote quer novas estratégias para programas de desenvolvimento
A ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote, instou, quarta-feira, os governadores provinciais a reverem as estratégias relativamente aos programas de desenvolvimento social, com maior destaque àqueles que incidem de forma directa no empoderamento das raparigas, cujo projecto é financiado pelo Banco Mundial (BM).
A orientação foi partilhada durante um encontro, na Cidade Alta, com os 18 governadores provinciais e ministros do Sector Social, para analisar os programas do Executivo, visando a melhoria das condições socioeconómicas das famílias, bem como o empoderamento da mulher.
O encontro, que teve por objectivo primário a análise do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, juntou os governadores para reflectir e encontrar as melhores formas de dar resposta à actual situação de dificuldades que as famílias angolanas enfrentam, bem como perspectivar acções para 2024.
No final do encontro, o governador do Bié, Pereira Alfredo, disse à imprensa que foram traçadas estratégias para de forma prática e eficiente melhorar as condições de vida das populações, principalmente no que toca à assistência social.
Além da análise sobre as estratégias para mitigar as dificuldades por que passam as populações, frisou Pereira Alfredo, foi também observada a questão da construção e melhoria das infra-estruturas, com realce para as estradas, por serem factores determinantes no combate à fome e à pobreza.
Para melhor concretização das acções identificadas no encontro, de acordo com o governador do Bié, vai ser necessário um amplo trabalho de campo, durante o qual os administradores municipais e seus parceiros directos devem apresentar as prioridades locais, para posteriormente serem remetidas ao Ministério da Administração do Território.
“Queremos encontrar um novo paradigma de abordagem sobre o Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza e discutir os princípios orientadores para dar resposta à actual situação das populações”, sublinhou o governador do Bié.
Relativamente aos programas de impacto social já existentes, Pereira Alfredo referiu que devem ser bem “optimizados” e tirar deles o maior benefício para a melhoria das condições sociais do cidadão, sobretudo dos mais vulneráveis, bem como da assistência aos ex-militares.
A governadora do Huambo, Lotti Nolika, referiu que o encontro foi “proveitoso”, pelo facto de nele saírem orientações que vão contribuir para a concretização do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza.
Para os desafios que se pretendem alcançar agora, a médio e longo prazos, frisou Lotti Nolika, passam, necessariamente, na conjugação de acções em prol das populações, associado à melhoria das vias de comunicação, principalmente as que dão acesso às zonas agrícolas.
No que toca à situação das populações no Huambo, Lotti Nolika referiu que, apesar da escassez de recursos financeiros, o governo provincial tem procurado identificar e dar resposta aos problemas de natureza primária, incluindo a massificação do Programa “Merenda Escolar”.
Sector da Saúde
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que participou no encontro orientado pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote, e os 18 governadores provinciais, disse que no âmbito do combate à pobreza estão também acauteladas as acções ligadas aos cuidados primários de saúde.
De acordo com a responsável do sector da Saúde, existe um trabalho contínuo que está a ser feito por vários departamentos ministeriais, com o objectivo de fazer um alinhamento das acções que garantam maior assistência às pessoas, bem como ao combate à pobreza.
Dentre as várias acções, frisou Sílvia Lutucuta, constam a continuidade e expansão das companhas de vacinação e existência em medicamentos essenciais às populações, independentemente das particularidades geográficas de cada região e do nível de condições socioeconómicas das mesmas.
Sílvia Lutucuta ressaltou ainda que a malária é a endemia que mais preocupa o Executivo, razão pela qual merece um esforço redobrado e geral, envolvendo departamentos ministeriais, empresas privadas, sociedade civil e, em particular, os pais e encarregados de educação.