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Corno de África enfrenta seca duríssima

A região do Corno de África, que abrange países como a Somália ou a Etiópia, está a enfrentar cinco anos consecutivos de chuva abaixo dos níveis habituais.

Um estudo científico divulgado esta semana pelo jornal britânico “The Guardian” aponta o fenómeno das alterações climáticas, como a origem deste problema que afecta milhões de pessoas.

Desde 2020 que quase não chove e quando chove são chuvadas fortes, mas curtas. O calor é abrasador e a água evapora rapidamente não chegando a entranhar-se na terra.

Um grupo de cientistas de vários países provou que se o mundo estivesse 1.2 graus mais frios o chamado Corno de África não enfrentaria uma seca desta dimensão, a maior dos últimos 40 anos.

Os cientistas provaram também que o aquecimento desta região de África ocorreu como consequência da acção humana. O estudo mostra também que o impacto das alterações climáticas é maior em países mais pobres e sem recursos para resistir ao aquecimento global. É o caso da Somália, Etiópia e Quénia, onde  nos seus solos áridos, nada cresce.

Os números impressionam: 50 milhões afectados, 4.3 milhões a necessitarem de ajuda humanitária, 20 milhões estão em risco de fome, 180 mil refugiados.

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