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Comores indignada quanto à posição francesa sobre a cidadania da população de Mayotte

O governo francês anunciou o “fim do direito de cidadania” em Mayotte, ilha sob domínio gaulês junto às Comores, alegadamente para lutar contra a imigração clandestina. “Deixará de ser possível tornar-se francês se não se for filho de pais franceses”, declarou Gérald Darmanin, no domingo, dia 11, durante uma visita àquele departamento ultramarino francês. O Ministro do Interior anunciou um projecto de revisão constitucional para atingir este objetivo, abrindo uma brecha no princípio que tem sido aplicado de uma forma ou de outra em França há vários séculos.

Entretanto, o governo das Comores reagiu com firmeza à decisão da França de rever a sua Constituição para abolir o direito à cidadania francesa em Mayotte. O Ministério dos Negócios Estrangeiros das Comores condenou veementemente o anúncio feito por Paris na terça-feira.

Em comunicado de imprensa, o governo de Moroni sublinha que a situação actual em Mayotte é o resultado da gestão francesa da ilha durante os últimos 49 anos. Rejeita a ideia de que a abolição do direito de cidadania diga respeito aos comorianos de Mayotte, alegando que estes se encontram em casa.

Moroni exprime o seu profundo desacordo com a decisão francesa, argumentando que Mayotte é histórica e legalmente reconhecida como parte das Comores ao abrigo do direito internacional e das resoluções das Nações Unidas.

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