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Chade tem novo primeiro-ministro

O Chade tem novo primeiro-ministro. Trata-se de Succès Masra que estava exilado desde 2022. Esta nomeação surge na sequência da demissão, na sexta-feira, dia 29 de Dezembro, do anterior primeiro-ministro, Saleh Kebzabo.

O anúncio foi feito num discurso do Secretário-Geral da Presidência, Mahamat Ahmat Alhabo, transmitido na televisão, e acontece depois de ter sido seguido o “procedimento habitual”, segundo o próprio dirigente, após a ratificação da nova Constituição do país.

A nova Constituição, considerada um passo fundamental para o regresso ao poder civil, foi aprovada por quase 86% dos eleitores num referendo que teve lugar a 17 de Dezembro.

O texto foi aprovado pelo Presidente chadiano e por uma coligação de cerca de 120 partidos políticos, incluindo o de Masra.

O até agora líder da oposição do partido político Les Transformateurs deixou o país em 2022, depois de ter sido responsabilizado pelo Governo pelas manifestações que tiveram lugar a 20 de Outubro de 2022, e das quais resultaram pelo menos 50 mortos, segundo dados oficiais.

Naquele dia estava previsto o fim da transição política no Chade, após a morte do Presidente Idriss Déby durante os combates entre os grupos rebeldes e o exército, em Abril de 2021, mas foi estendido por mais dois anos, o que gerou manifestações de protesto no país.

Desde então, o Chade tem sido liderado pelo filho de Déby, de 39 anos, que anulou a Constituição e dissolveu o Governo e o parlamento.

O país realizou um diálogo nacional entre Agosto e Outubro de 2022 para chegar a acordo sobre as bases de um regresso à ordem constitucional, que foi amplamente criticado e boicotado pela oposição e pelos grupos rebeldes.

No seu discurso de tomada de posse, em Outubro de 2022, o Presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno, anunciou a formação de um “governo de unidade nacional” e prometeu um referendo constitucional e eleições após o fim da transição para um “regresso à ordem constitucional”.

Uma das alterações introduzidas à Constituição, que reduz a idade mínima para apresentação de candidatura à presidência dos 45 para os 35 anos, permite que Itno seja candidato.

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