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Carapau e sardinha ameaçados por pesca ilegal e alterações climáticas

A ministra angolana das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos, está preocupada com a pesca ilegal de carapau e de sardinha. A governante quer combater a prática para preservar espécies que já se encontram a escassear devido às mudanças climáticas.

A ministra angolana das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos, está preocupada com a pesca ilegal de recursos marinhos que se verifica diariamente nos mares de Angola, principalmente do carapau e da sardinha.

A governante acredita que é preciso combater a prática para preservar espécies que já se encontram a escassear no mercado devido às mudanças climáticas.

“As alterações climáticas trazem-nos grandes variações. Quer dizer, se eu posso viver numa camada da água que tem uma temperatura que varia entre os 26 e os 32 graus, se eu tiver uma variação brusca que vai dar para os 36, 38, 40 graus, eu vou sair deste local. É aí que escasseia porque interfere numa série de questões biológicas, como a reprodução; como, por exemplo, os caranguejos cujas carapaças, com a acidez dos oceanos, ficam mais fracas e eles não conseguem viver e aumenta a mortandade; o exemplo do carapau e da sardinha”, alertou a titular da pasta.

Em relação à exportação ilegal de espécies marinhas, a ministra diz que não tem sido fácil travar alguns operadores, mas o país tem recorrido a diplomas legais para quem não obedece aos mecanismos da lei, apesar de reconhecer que um ou outro caso passa despercebido.

“Esta questão da exportação, que não esteja alinhada com as regras que Angola tem, ela está a ser combatida. Nós estamos a fortalecer a fiscalização, a tentar também alinhar todos os mecanismos legais que permitam as exportações, para que estejamos todos alinhados para diminuir esta apetência de levar o carapau para fora do país”, disse Carmen dos Santos.

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