Cancro de cabeça e pescoço é o terceiro mais registado no país
O número de casos novos de cancro de cabeça e pescoço que dão entrada no Hospital Josina Machel varia entre 20 a 30 doentes, segundo o director de serviços do hospital, Leonel Kiala.
“Neste número, estão incluídos os pacientes já assistidos, alguns casos de primeira vez e outros enviados pelo Instituto Nacional de Oncologia, pelo facto de a referida unidade não realizar cirurgias de cabeça e pescoço, por falta de condições”, sublinhou.
No que toca ao número de cirurgias realizadas, o especialista informou que, por semana, são operados, em média, 10 pacientes, entre crianças e adultos. As intervenções cirúrgicas a menores são realizadas no Hospital Pediátrico David Bernardino.
Desde 2012, ano em que o médico passou a fazer parte dos quadros do Josina Machel, já foram realizadas cerca de 10 mil cirurgias para se retirar o cancro de cabeça e pescoço. “Todas essas intervenções têm sido feitas apenas por três especialistas, sendo um otorrinolaringologista, maxilo-facial e cirurgião geral”, frisou, sublinhando que, até ao momento, só foram registadas duas mortes. Uma ocorreu na mesa do bloco operatório e outra durante o pós-operatório.
Já a directora clínica do Instituto Nacional de Oncologia, Sales Cândido, informa que, anualmente, são registados perto de 100 novos casos de cancro de cabeça e pescoço, sendo que muitos destes pacientes chegam já em estado avançado da doença.