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Burundi acusa Ruanda de apoiar rebeldes em seu território

O Presidente do Burundi, Évariste Ndayishimiye, acusou o Ruanda de apoiar o movimento rebelde RED-Tabara a efectuar ataques no seu território. Mas os rebeldes negam as acusações.

De acordo com o Burundi, o grupo RED-Tabara (Resistência para um Estado de Direito no Burundi) lançou um ataque a 22 de Dezembro perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), matando 20 pessoas, incluindo mulheres e crianças.

Em resposta a estas acusações, num comunicado na rede social X (antigo Twitter), o RED-Tabara negou ter matado civis ou ser apoiado por um país estrangeiro.

A crise de confiança está a ressurgir apesar das iniciativas para reforçar os laços diplomáticos entre o Burundi e o Ruanda.

Com a chegada de Evariste Ndayishimiye ao poder em 2020, as fronteiras que estavam fechadas desde a crise de 2015 foram reabertas a 7 de Março e as reuniões oficiais entre altos funcionários dos dois países conheceram um incremento em Kigali e Bujumbura.

As relações entre o Burundi e o Ruanda têm sido frequentemente tumultuosas. Recentemente, o Burundi enviou tropas para ajudar a combater os rebeldes M23 (Movimento 23 de Março) no leste da RDC.

A RDC está a ser enfraquecida por esta instabilidade na região dos Grandes Lagos, especialmente na parte oriental deste vasto país centro-africano, onde vários grupos rebeldes estão activos há várias décadas.

O RED-Tabara, o principal grupo armado que combate o regime liderado por Évariste Ndayishimiye, tem uma base na província de Kivu do Sul, no leste da RD Congo, e é actualmente o grupo rebelde mais activo no Burundi, com uma força estimada entre 500 e 800 combatentes.

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