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Barragem de Caculo Cabaça vai ser concluída em Outubro de 2026

O presidente dos negócios internacionais da China Gezhouba Group CO. LTD, da qual faz parte a empresa CGGC, empreiteira responsável pela execução da barragem de Caculo Cabaça, em Cambambe, Cuanza-Norte, Deng Yinqi, garantiu, em Luanda, a conclusão daquele projecto em Outubro de 2026, tal como previsto no prazo.

Deng Yinqi deu, ontem, a garantia ao Presidente da República, João Lourenço, durante uma audiência que lhe foi concedida no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.

O responsável asiático, que se fez acompanhar, nesta audiência, pelo embaixador da China em Angola, Gong Tao, apresentou ao Presidente da República o ponto de situação do projecto Caculo Cabaça e do Luachimo, cujas duas das quatro turbinas devem entrar em funcionamento entre finais deste mês e princípio do próximo, fornecendo, numa primeira fase, energia eléctrica à cidade do Dundo.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que esteve presente no encontro, adiantou à imprensa, no final da audiência, que ficou, igualmente, garantida a entrada em acção da primeira máquina em Caculo Cabaça, com 500 Megawatts.

Apesar de projectos dessa dimensão serem de elevada complexidade, João Baptista Borges disse não haver dúvidas em relação à conclusão da barragem de Caculo Cabaça, no prazo previsto, dada a experiência da construtora em matéria de montagem de projectos dessa natureza.

“Eles são os principais construtores da maior hidroeléctrica no mundo, que é a Três Gargantas, na China”, salientou.

O ministro da Energia e Águas referiu que o contrato celebrado com o empreiteiro, avaliado em cerca de 4.5 mil milhões de dólares, contempla, além da construção da barragem, todas as linhas de transporte, num total de mais de 1.300 quilómetros.

Além disso, prosseguiu, há um outro contrato com uma empresa alemã, para fornecer todo o equipamento electromecânico, nomeadamente, as turbinas, alternadores, comportas e outros.

João Baptista Borges salientou que, quer a barragem de Caculo Cabaça, quer a de Luachimo, orçado em cerca de 160 milhões de dólares, estão a ser coordenados em dois domínios: para a produção e escoamento e distribuição, sendo que o maior enfoque, como disse, recai para a expansão do sistema eléctrico nacional.

“Este sistema vai sair do Centro para o Sul, por via da ligação Huambo-Lubango e, depois, Lubango-Cahama e Cahama-Ondjiva”, referiu o ministro, acrescentando que, para a direcção Leste, a linha vai incidir sobre Malanje-Xamuteba-Saurimo, com a integração das três províncias do Leste.

Prosseguiu que, no âmbito dessa estratégia, vai ser, ainda, assegurada a ligação a Menongue, por via do Huambo.

“Com esta integração das restantes províncias, nós vamos, naturalmente, ter a possibilidade de explorarmos este grande potencial que já foi construído com o Laúca, com Cambambe e os parques fotovoltaicos que estamos a construir”, aclarou.

“No fundo, o que importa, agora, é levar energia aos pontos distantes, onde temos, ainda, o consumo Diesel. Essa é a grande prioridade”, assegurou.

A conclusão das obras da barragem de Caculo Cabaça vai permitir a redução, de forma significativa, do défice do consumo de energia eléctrica no país em 66 por cento, gerando uma potência de 5.700 megawatts.

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