BAD tem 5 milhões USD para empresas chefiadas por mulheres
O anúncio foi feito durante o lançamento da Série Financeira AFAWA em parceria com a Associação Bancária Angolana, uma iniciativa do Fundo Africano de Garantia e do Banco Africano de Desenvolvimento.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tem o compromisso de atingir pelo menos cinco milhões de dólares em financiamento de empresas chefiadas por mulheres, antes de 2026, avançou o representante daquela instituição em Angola.
Pietro Toigo falava, há dias, durante a conferência de lançamento da Série Financeira AFAWA, que a isntituição desenvolve em parceria com a Associação Bancária Angolana, numa iniciativa conjunta com o Fundo Africano de Garantia.
O também representante do BAD para São Tomé e Príncipe informou que até ao momento foram aprovados mil milhões de dólares para financiar empresas dirigidas por mulheres utilizando os meios de financiamento tradicionais.
Toigo realçou que a AFAWA em Angola, tutelada pela ABANC, dará visibilidade à iniciativa e as suas actividades no país, proporcionando uma plataforma para todos os interessados dialogarem e mostrarem como as Pequenas e Médias Empresas (PME) lideradas por mulheres podem contribuir para a economia angolana, bem como encorajar as instituições financeiras a estabelecer parcerias com a African Guarantee Fund [AGF] no seu programa de garantia para o crescimento.
Para Pietro, o lançamento da série financeira AFAWA será o marco do compromisso para o avanço da inclusão financeira e o empoderamento económico da mulher em Angola e no continente africano, permitindo que vários actores do sistema financeiro, reguladores, governantes, parceiros de desenvolvimento e mulheres empreendedoras discutam os desafios e soluções específicas para que Angola acelere o acesso às finanças para mulheres no país.
Por seu turno, o vice-presidente da comissão executiva do Banco de Negócios Internacional (BNI), Sandro Africano, disse que os bancos angolanos têm investido em produtos e serviços específicos para as PME de modo a superarem os seus desafios. “É neste contexto que se destaca os esforços que os bancos africanos estão a realizar para promover a inclusão financeira que é fundamental para inclusão da igualdade do género e para o desenvolvimento económico”, acrescentou.
Sandro Africano garantiu estarem a investir em produtos e serviços específicos para as mulheres empresárias- “Estamos a trabalhar em estreita colaboração, onde todas as partes interessadas garantam que as mulheres tenham acesso aos recursos necessários para iniciarem e expandirem os seus negócios”, assegurou.
De acordo com o vice-presidente do BNI, a instituição que representa está a “apostar em diferentes canais para se chegar a diferentes perfis de clientes”, como os do mercado informal, onde se combate a literacia bancária, e os canais digitais. “Num e noutro [canal] a mulher angolana se faz presente com muita força”, referiu.