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António Guterres apela ao fim decisivo da Mutilação Genital Feminina

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje, dia 6, ao redobrar de esforços e investimentos na defesa dos direitos das mulheres e das raparigas, de modo a pôr um fim decisivo à mutilação genital feminina.

Numa mensagem divulgada sobre o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina (MGF), o Secretário-Geral das Nações Unidas defendeu tratar-se de uma violação flagrante dos direitos humanos fundamentais que causa danos para toda a vida à saúde física e mental das mulheres.

Em 2024, cerca de 4,4 milhões de raparigas correm o risco de sofrer este terrível acto de violência baseada no género.
“Precisamos de uma acção decisiva para combater as normas sociais, económicas e políticas que perpetuam a discriminação contra as mulheres e as raparigas, limitam a sua participação e liderança e restringem o seu acesso à educação e ao emprego”, disse.
Segundo António Guterres, as estruturas e atitudes do poder patriarcal estão na origem desta prática repugnante.

Para atingir a meta estabelecida nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável de eliminar a mutilação genital feminina até 2030, adiantou que são necessários investimentos urgentes, fazer ouvir as vozes das sobreviventes e apoiar os seus esforços para recuperar as suas vidas, com base na sua autonomia corporal.

MGF em Angola
Angola não tem registo de forma oficial de práticas de MGF, apesar do fluxo migratório que se tem registado nos últimos anos no país. A prática, denominada “efiko ou efundula” em algumas regiões de Angola, não tem impacto na sociedade angolana, tanto urbana como rural, não sendo, por conseguinte, mais do que residual.

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