Angola retoma negociações com a Boeing
O Executivo angolano retoma, brevemente, as negociações com a multinacional americana Boeing, visando a compra de aeronaves para as Linhas Aéreas de Angola.
O facto foi anunciado esta segunda-feira, em Washington, Estados Unidos da América, pelo Presidente da República, João Lourenço, que não se referiu a datas concretas nem ao possível valor do contrato.
Segundo o Chefe de Estado, que falava durante uma Mesa Redonda de Negócios com empresários norte-americanos, à margem da Cimeira de Líderes EUA-África, trata-se de negociações que já haviam iniciado, mas foram suspensas por causa de constrangimentos económicos.
“Ainda no início deste meu mandato, começamos a negociar com a Boeing a compra de mais aeronaves, mas, na altura, encontramos um constrangimento que se prendia com os limites da dívida. A dívida pública de Angola era muito grande”, recordou.
Conforme o Chefe de Estado angolano, na época, as instituições financeiras internacionais pediram cautelas às autoridades angolanas, no sentido de não se ultrapassar os limites da dívida pública.
Ultrapassada a questão, o Presidente disse haver condições para voltar a negociar com a Boeing, no sentido da compra de novas aeronaves e da renovação da frota da companhia de bandeira angolana (TAAG).
Actualmente, estima-se que a frota da companhia angolana seja de vinte e uma aeronaves, das quais seis modelos Dash 8-Q400, sete Boeing 737-700, três Boeing 777-200 e cinco Boeing 777-300.
De acordo com o João Lourenço, a ideia do reforço da frota da companhia deve-se, entre outros factores, à entrada em funcionamento do novo Aeroporto Internacional de Luanda, em 2023.
Para si, a ampliação do novo aeroporto justifica pensar no reforço da frota da TAAG, que usa, para longo curso, exclusivamente, há várias décadas, as aeronaves da marca americana Boeing.
Do seu ponto de vista, é importante que a frota da companhia esteja em conformidade com a importância e a dimensão do novo Aeroporto.