Angola regista avanços na implementação do compliance
As instituições públicas do país já têm o compliance como um marco para os seus actos, quer em termos de concorrência, como contratual, afirma administrador da Protteja Seguros, Luís Vera Pedro.
Nos últimos anos, Angola tem demostrado avanços na implementação do compliance (conformidade com regulamentos internos e externos), aproximando mais investimento directo estrangeiro no mercado nacional, considera o administrador da Protteja Seguros, Luís Vera Pedro.
“Nem poderia haver outra hipótese, se nós queremos um ambiente de negócios favorável para o investidor. Através de nomas cativadoras de procedimentos e de actos que seja realmente tendente a uma boa gestão, qualquer investidor quer vir pra Angola”, defendeu o gestor, no final de um encontro sobre a importância da implementação do compliance na actividade seguradora, denominado “Compliance ao Pôr do Sol”, promovido há dias, em Luanda, pela NF-CONFOJOUR.
Quanto à aplicação deste mecanismo de controlo a nível das empresas, detalhou, todas as instituições públicas do país têm o compliance como um marco para os seus actos, quer em termos de concorrência, como contratual.
Falando sobre a boa governação na Protteja Seguros, o responsável disse que a sua instituição tem sido transparente com os clientes. “Quanto mais a instituição for transparente, mais confiança os clientes e os parceiros vão ter em fazer negócios connosco. Temos as regras bem definidas, o que faz com que a empresa esteja mais sólida financeiramente”, assegurou Luís Vera Pedro, na segunda edição do Compliance Pôr do Sol.
Por sua vez, António Cassua, da direcção dos assuntos corporate da seguradora Fidelidade, defende que as empresas devem optar por um sistema de compliance, para atender a sua realidade. As seguradoras, como participe de todo o sistema do sector financeiro angolano, segundo reforça, têm responsabilidades acrescidas na materialização das normas.
“Os administradores, sobretudo os accionistas, são chamados a ter uma cultura do complaince, na perspectiva de descontinuar as práticas do passado e implementar procedimentos que tornam as organizações mais comprometidas com o bem fazer e livres da corrupção, da vantagem elícita de negócios e do conflito de interesse”, advertiu.
Já a directora e fundadora da NF-CONFOJOUR, Nádia Feijó, ressaltou que a falta de normas legais por parte das empresas pode provocar fraudes e perdas financeiras. “Os principais desafios prendem-se com a transmissão da cultura e da responsabilidade das boas práticas e do fazer certo”, apontou.