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Angola reforça compromisso com a transição energética

O embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola nos Emirados Árabes Unidos, Júlio Maiato, reiterou o compromisso do Executivo com o processo de transição energética.

O diplomata angolano falava por ocasião da “15th Renewables Talk”, promovida pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), na sede em Abu Dhabi, no quadro da celebração do 15º aniversário da instituição e do primeiro ano do Dia Internacional das Energias Limpas, que se comemorou na última sexta-feira, 26 de Janeiro.

Júlio Maiato realçou que a adesão de Angola como Estado-membro da IRENA tem facilitado a cooperação internacional, troca de experiências e suporte técnico aos países.

Relativamente ao compromisso de Angola no processo de transição energética, o embaixador referiu que mais de 62% da produção de energia do país é de fontes renováveis, isto é, hídrica e fotovoltaica (solar) e que as duas combinações passaram a ter um peso considerável na capacidade de produção de energias limpas.

Segundo o diplomata, a meta do país é alcançar 71% até 2027 de energias limpas, prevista no Plano de Desenvolvimento do sector Eléctrico, e Angola está a contar com a Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, que vai gerar 2.100 megawatts (MW) e vários projectos de energia solar.

Sobre a cooperação com os países africanos, Júlio Maiato frisou que, no âmbito da aceleração da adopção das energias limpas, em Março de 2023 foi inaugurado em Angola o Centro de Energias Renováveis e Eficiência Energética da África Central, que inclui 11 nações, com o objectivo de apoiar as iniciativas dos jovens empreendedores no quadro das energias renováveis, bem como ajudar os Estados a aumentar a taxa de electrificação.

No que se refere à transição energética em África, o embaixador angolano disse que o maior constrangimento na implementação está relacionado com o factor financeiro.

Considerando o baixo nível de electrificação em muitos países africanos, o chefe da missão de Angola nos EAU avançou que as acções da IRENA nos próximos 15 anos devem centrar-se numa atenção especial em África e mais iniciativas como a “the Accelerated Partnership for Renewable in Africa” (APRA), devendo ser criadas as condições, com o envolvimento de diversos actores.

Durante o encontro, aberto pela ministra do Ambiente e das Alterações Climáticas dos Emirados Árabes Unidos, Mirian Almheiri, intervieram o director-geral da IRENA, Francesco La Camera, que passou em revista as acções da organização desde a criação e salientou as conquistas e os desafios futuros, atendendo o compromisso da tripla produção de energias por fontes limpas, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e o presidente designado para a COP28, Sultan Al Jaber.

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