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Angola produz mais de 600 mil toneladas de cereais

Angola produziu, durante a campanha agrícola 2022/2023, 622 mil 804 toneladas de cereais, entre trigo, arroz, milho e soja, informou hoje, sexta-feira, na cidade do Cuito, província do Bié, a directora do Instituto Nacional de Grãos de Angola, Maria Garção.

Apesar de não apresentar números comparativos, a responsável referiu haver um aumento considerável em relação à época passada, com perspectivas de se atingirem níveis elevadíssimos nas próximas campanhas.

Maria Garção falava na I Conferência Internacional de Cereais e Grãos, promovida pelo Grupo Agreement, em parceria com o Governo do Bié, no âmbito da IV Edição da Feira Provincial da Batata e do Milho, aberta quinta-feira, na capital biena.

Segundo a directora, para que as expectativas sejam atingidas,  concernente ao aumento de produção, será necessário, entre outras valências, que o Estado conceda mais financiamento e subvencione os combustíveis no sector da agricultora.

De acordo com a responsável, essas medidas seriam um incentivo para os produtores, o que garantiria a segurança alimentar.

Ainda assim, a directora, que abordou o tema “a importância dos cereais e grãos para o combate à pobreza e segurança alimentar”, reconheceu os esforços do Executivo na concessão de financiamento aos camponeses e ter aprovado recentemente mais apoios aos produtores nacionais.

Por outro lado, solicitou o uso de uma tecnologia moderna neste sector da agricultura, assim como mais assistência aos produtores nacionais em termos de inputs agrícolas, para se atingir uma produção de cereais que se precisa a médio prazo em Angola.

Maria Garção exorta a necessidade dos agricultores apostarem em novos sistema de irrigação, renovação de máquinas, correcções dos solos, assim como a colaborarem com o Governo na transportação de energia eléctrica às fazendas, para a conservação dos produtos.

Por sua vez, o empresário e produtor agrícola Gil Januário Chela Chindai apontou a necessidade do Governo dar mais apoios aos agricultores, de modo a maximizarem a produção de diversos produtos, sobretudo de cereais e grãos.

A I Conferência Internacional de Cereais e Grãos em Angola vai abordar temas como “retrospectiva da agricultura-produção de cereais antes da Independência, pós e actual, “importância dos cereais e grãos para o combate à pobreza e segurança alimentar”, “reflexão sobre os selos feitos em Angola”.

Constam ainda assuntos relacionados com “inovações, tendências e novas tecnologias na produção de cereais e grãos”, “realidades, oportunidades e desafios do investimento na produção de cereais e grãos em Angola”, agricultura familiar resiliente: adaptação às mudanças climáticas na produção sustentável de cereais e grãos”.

Outros temas são “o papel dos institutos de pesquisa, sua contribuição para o incremento da produção de cereais e grãos” e o papel do Fundo de Garantia e Crédito na economia nacional”.

O evento conta com prelectores nacionais e internacionais como o director do Instituto de Investigação Agronómica, João Ferreira, directora do Instituto Nacional de Cereais de Angola, Maria Garção, o administrador do BDA, Arsénio Satyohamba, o pesquisador angolano André Sinela, o consultor norte-americano Waka Waka e o responsável da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária “Embrapa”, Lauro Moreira.

Participam no certame, entre várias individualidades, a governadora do Huambo, Lotti Nolika, vice-governadores, administradores municipais, produtores nacionais e estrangeiros, empresários provenientes de diversas províncias do país e directores nacionais de diferentes departamentos ministeriais.

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