
Angola gasta 803 milhões USD na aquisição de combustíveis no 1º trimestre de 2023
Os dados foram apresentados, pelo director-geral do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Fernandes, no balanço das actividades do sector, realizado no 1º trimestre de 2023.
Angola gastou cerca de 803 milhões de dólares norte-americanos na aquisição de combustíveis no primeiro trimestre de 2023, representando um aumento de aproximadamente 3% quando comparado ao trimestre anterior.
Os dados foram apresentados nesta Sexta-feira, 28, pelo director-geral do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Fernandes, quando fazia o balanço das actividades do sector dos derivados do petróleo, realizado no primeiro trimestre do ano em curso.
Segundo Luís Fernandes, a origem das referidas aquisições de combustíveis, 35% foram provenientes da refinaria de Luanda, 1% da Cagoc – Topping de Cabinda e 64% da importação.
No que diz respeito à comercialização no período em análise, foram adquiridas cerca de 1,2 milhão de toneladas métricas, das quais, cerca de 48,2% corresponde ao gasóleo, 35,3% a gasolina, 9,4 a fuel ordoil, 5,5% a jet A1, 1,3% ao petróleo iluminante e o restante 0,2 ao betume asfáltico.
De acordo com o director-geral da IRDP, no final do trimestre em referência, foram registados 904 postos de abastecimento em estado operacional, dos quais, 336 pertencem a empresa Sonangol (37%), 79 a Pumangol (9%), 54 da Sonangalp (6%), 51 da Tema [Total Energies Marketing Angola] (5,6) e 384 aos agentes privados (42,4%).
Quanto ao volume de vendas globais dos vários segmentos de negócio de retalho (B2C), consumo (B2B e bunkering no primeiro trimestre foi de aproximadamente 1,1 milhão de toneladas métricas, observando-se um decréscimo de pelo menos 7% em relação ao quarto trimestre de 2022.
Em termos de quota de mercado em volume de vendas, disse, a Sonangol Distribuição e Comercialização mantém a liderança com aproximadamente 62%, seguida da Pumangol com 21%, a Sonangalp com 9% e a Total com 8%.
No mercado interno, conforme se pôde depreender das palavras do director-geral da IRDP, foram introduzidas cerca 96 mil toneladas métricas de gás de cozinha (GPL), das quais, 90% provenientes da fábrica Angola LNG, 6% da refinaria de Luanda e 4% do Topping de Cabinda.
“Neste segmento, o país contou com uma capacidade instalada de armazenagem, em terra, de 10,9 mil TM”, observou o director-geral quando fazia o balanço das actividades do sector dos derivados do Petróleo.
Já as vendas, diz, o registo é de um total de 108,6 mil TM, o que representou um decréscimo de 6% em relação ao trimestre anterior, no qual a Sonangol Gás e Energias Renováveis da Sonangol lidera o mercado com uma quota de 79%, seguida pela Saigás (11%), a Progás (4%), a Gastém (4%) e a Canhongo Gás (2%).
Luís Fernandes fez saber que as províncias que mais consumiram o GPL, foram Luanda (57%), Benguela (10%), Huíla (7%), Huambo (4%) e Cabinda (3%), representando aproximadamente 81% do consumo nacional.
No que tem que ver com os lubrificantes, sublinhou, até ao fecho do sumário apresentado, o registo foi de um volume de cerca de 8,3 mil TM comercializados no mercado interno, pelas principais empresas, tendo um aumento de aproximadamente 2% face ao trimestre anterior, dos quais apenas 1,5 mil TM foram de produção nacional (81%) e 6,8 mil TM provenientes de importação (82%).
Neste segmento, a Sonangol Distribuição e Comercialização liderou o mercado, no período em análise, com vendas na ordem dos 18,42% do total, seguida pela Sonangalp 7,69%, a Jambo (7,55%), a Suge Internacional (7,34%) e a Pumangol (7,02%) de quota.