
Angola foi o 5º país africano que mais melhorou no Índice Mo Ibrahim na última década
Angola foi um dos países africanos que registou dos maiores progressos em termos de governação durante a década de 2014-2023, de acordo com o Índice Mo Ibrahim de Governação Africana (IIAG) 2024 publicado hoje, quarta-feira, dia 23.
Apesar do abrandamento do progresso a partir de 2019, Angola foi o quinto país que mais melhorou ao longo da década, atrás apenas das Seychelles (1.º lugar), Gâmbia (20.º), Somália (53.º) e Serra Leoa (23.º).
Foram nove as posições subidas por Angola na escala continental de Governação Geral, de 45.º para 36.º lugar, graças a melhorias em 15 das 16 subcategorias entre 2014 e 2023.
Na subcategoria Anticorrupção, o país melhorou em cinco dos seis indicadores subjacentes, alguns dos quais de forma acentuada, enquanto outros países com pontuações mais elevadas registaram grandes descidas, como Botswana, África do Sul e Maurícias. O único declínio foi registado na subcategoria de Segurança e Protecção.
A Guiné Equatorial foi outro dos países membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) que verificou progressos significativos em termos de governação geral no IIAG 2024. O país faz parte de um grupo de 13 (República do Congo, Costa do Marfim, Egito, Guiné Equatorial, Eritreia, Gabão, Líbia, Madagáscar, Malawi, Marrocos, Somália, Togo e Zâmbia), representativos de 20,5% da população do continente, onde os progressos foram mais rápidos na segunda metade da década em análise.
Moçambique desce
Ainda assim, desde 2014 a Guiné Equatorial subiu apenas uma posição, destacando-se entre cinco nações com as piores classificações mas trajetórias de melhoria crescentes: República do Congo (45.º lugar), Líbia (46.º), Guiné Equatorial (50.º), Eritreia (52.º) e Somália (53.º).
Ao invés disso, Moçambique sobressai no IIAG 2024 pela negativa, tendo descido da 24.ª posição no IIAG em 2014 para 28.º em 2023. O país integra um conjunto de 11 países (Botswana, Burquina Faso, ESwatini, República da Guiné, Maurícias, Moçambique, Nigéria, Senegal, Sudão, Tunísia, Uganda), correspondente a 29,3% da população africana, onde a deterioração agravou-se entre 2019 e 2023.
Cabo-Verde em 3º lugar
Cabo Verde (3.º lugar em 2023, mesmo em 2024), São Tomé e Príncipe (12.º em 2023, 10º em 2014) e Guiné-Bissau (44º em 2023, 41.º em 2014) também estão assinalados como registando sinais de alerta.
Estes países estão entre 11 países (Argélia, Cabo Verde, República Centro-Africana, Chade, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Zimbabwe) que tiveram uma melhor pontuação em 2023 do que em 2014 mas cuja avaliação geral se deteriorou nos últimos cinco anos.