
Angola empata com a Líbia e espera por Cabo Verde
Num jogo repleto de intensidade e emoção, a Selecção Nacional de futebol conseguiu segurar um empate a uma bola, frente à Líbia, em jogo a contar para a quinta jornada do Grupo D de qualificação para o Campeonato do Mundo.
A partida, realizada na noite de ontem, no Estádio Mártires de Benina, ficou marcada por momentos de nervosismo, erros defensivos e decisões polémicas da equipa de arbitragem, mas os Palancas Negras conseguiram evitar a derrota com um golo dramático na ponta final.
Os primeiros minutos do jogo foram de grande pressão por parte dos anfitriões, que logo aos dois minutos dispuseram de um livre perigoso, perto da grande área. Felizmente para Angola, Saad Mohamed não teve a melhor finalização e desperdiçou a oportunidade. Mas o verdadeiro susto chegou aos seis minutos, quando um corte falhado de Gaspar quase permitiu o golo líbio. Neblu, atento, fez uma defesa crucial e evitou o pior.
Os comandados de Pedro Gonçalves responderam com personalidade. Aos 11 minutos, Manuel Benson e Clinton Mata protagonizaram uma bela combinação ofensiva, mas o guarda-redes Murad Alwuheeshi esteve à altura. Poucos minutos depois, Zine, na sequência de um cruzamento perfeito de Benson, cabeceou com perigo, mas a bola encontrou novamente a muralha adversária.
Com o meio-campo a crescer na partida, Angola quase inaugurou o marcador aos 26 minutos. O capitão Fredy roubou uma bola em zona adiantada e rematou com intenção, mas esta passou perto do poste. No entanto, a arbitragem começava a gerar polémica. Aos 29 minutos, Gelson Dala sofreu uma falta clara para cartão amarelo, mas o árbitro limitou-se a uma advertência verbal ao jogador líbio, causando protestos da equipa angolana.
Aos 32 minutos, os líbios voltaram a assustar com um remate poderoso que embateu na trave. No contra-ataque, Manuel Benson voltou a mostrar qualidade ao assistir Gelson Dala, que, isolado, falhou incrivelmente a baliza, desperdiçando a melhor oportunidade de Angola na primeira parte.
O regresso dos balneários trouxe uma Angola disposta a assumir as despesas do jogo, mas a Líbia manteve-se organizada e agressiva. Aos 52 minutos, Benson sofreu uma falta dura do capitão adversário, mas o árbitro assinalou apenas a infracção, sem punir disciplinarmente. O extremo angolano, visivelmente tocado, tentou continuar em campo, mas acabou por ser substituído por Beni Mukendi aos 59 minutos. A intensidade do jogo caiu ligeiramente, e Pedro Gonçalves, percebendo a falta de incisão no ataque, decidiu mexer na equipa. Aos 64 minutos, chamou Chico Banza para o lugar de Gelson Dala, que teve uma actuação discreta.
Angola não baixou os braços e tentou reagir. Cinco minutos depois, Maestro rematou com intenção, mas a bola passou ao lado. Pedro Gonçalves voltou a mexer na equipa e lançou Gilberto, que trouxe uma nova dinâmica ao jogo. O jovem jogador esteve perto de marcar por duas vezes, aos 84 e 86 minutos, mas a finalização não foi eficaz.
Com o jogo a encaminhar-se para a derrota, Angola continuou a insistir e foi recompensada no tempo de compensação. Aos 90+2 minutos, Fredy cobrou um livre para a grande área líbia, e na confusão entre o guarda-redes adversário e Gilberto, a bola acabou dentro das redes. Um golo suado e celebrado com euforia pelos jogadores e adeptos angolanos presentes no estádio.