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Angola acelera aposta no agronegócio – ministro

O Executivo angolano está apostado em garantir a aceleração do sector do agronegócio, para auto-sustentabilidade alimentar, afirmou, quarta-feira, em Washington DC, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.

O governante, que falou à imprensa depois de ter participado num fórum de investidores, no âmbito das “Reuniões Anuais” do Banco  Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que decorre na capital norte-americana, apontou a agregação de valores como uma das medidas.

“Nos últimos anos a agricultura sozinha não conseguiu fazer grande diferença, por isso temos de trabalhar para que os demais sectores se agreguem  prioridades e a principal é o agronegócio”, disse.

A aposta do Executivo passa por tornar Angola num dos maiores produtores de grãos no continente africano nos próximos cinco anos, com destaque para o arroz, o milho, o trigo e a soja, produtos fundamentais para a produção de ração animal. Pretende-se, com esta aposta, a arrecadação de 300 milhões para a pecuária e para o sector das pescas.

Mário Caetano João citou como exemplo de agregação um projecto do sector petrolífero, que prevê a construção de uma fábrica de fertilizantes.

Os investidores presentes no fórum notaram que Angola está num acelerado processo de alteração de paradigma, que passa por deixar de importar os produtos que se podem produzir com vantagens comparativas.

No encontro, os investidores tiveram contacto com as  principais reformas macroeconómicas em curso no país, que permitiram o crescimento, em 2021, de 0,7%, e com a previsão de, em 2022, crescer 2,7%.

No entanto, o FMI aponta uma previsão de crescimento na ordem dos 2,9%, mais 0,2 pontos percentuais acima das previsões do Executivo angolano.

Do ponto de vista fiscal, o ministro mostrou que em relação a fotografia que havia em 2018, com o país mergulhado em défices fiscais e com o rácio da dívida muito acima da sustentabilidade das finanças públicas. Actualmente, Angola está muito próxima deste indicador que é a volta de 60% do PIB.

Em relação ao endividamento, o governante explicou que o Executivo procura ter um endividamento mais racional, apontando para os projectos sustentáveis, como a economia verde, azul, entre outros.

A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, chefia a delegação angolana da qual fazem parte o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e o Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano.

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