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Afrikanizm Art apresenta mais de 60 obras de nove artistas angolanos

A arte contemporânea africana ganhou mais uma residência na Europa, com a inauguração da primeira exposição da Afrikanizm Art Platform em Portugal, intitulada “Afro-Renaissance”.

Em declarações, nesta terça-feira, ao Centro de Articulação com a Diáspora, o CEO da Afrikanizm Art, João Boavida realçou que a mostra, patente na Quinta da Fidalga, Seixal, foi inaugurada a 04 de Maio e se estende até 2 de Junho.

Apresenta mais de 60 obras dos artistas angolanos Bolondo, Don Ruelas, Joselyna Pemba, Isabel Teixeira de Sousa, Emília Morais, Lino Damião, Thó Simões, Paulo Amaral e Rómulo Santa Rita.

Com o objectivo de quebrar preconceitos e tabús relativamente à cultura africana, a mesma é uma celebração da multiplicidade e do dinamismo da arte africana contemporânea.

Reúne no mesmo espaço, artistas que navegam por vários estilos, desde o Retrato e o Expressionismo ao Abstrato, Street Art, Fauvismo, Surrealismo e Pop Art.

O termo “Afro-Renaissance” foi criado para se referir a um renascimento cultural, intelectual e artístico nas comunidades afrodescendentes ao redor do mundo.

Este movimento procura revitalizar e celebrar a herança cultural africana, ao promover a consciência e a valorização da história, identidade e contribuições dos povos africanos e afrodescendentes para a sociedade global.

“É uma exposição que celebra a cultura e os autores angolanos, com o objectivo de mostrar ao Mundo, e em particular a Portugal, aquilo que é a arte contemporânea africana nos seus vários estilos, focando neste caso em Angola”, enfatizou.

Segundo o CEO da Afrikanizm Art, João Boavida, a inauguração foi um grande sucesso, o que os deixa “muito orgulhosos”.

Afirma pretenderem, cada vez mais, construir esta ponte para promover e dar novas oportunidades aos artistas nacionais.

Participaram da inauguração, Paulo Silva, presidente do município do Seixal, Vítor Carvalho, representante da Embaixada de Angola e Riad Hamrouchi, Vice-Cônsul de França. Assinala-se também o registo de mais de 400 visitas, designadamente de várias associações ligadas aos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

Manifestou estarem muito expectantes e desejosos para que, até ao seu término, continuem a receber curiosos, amantes de arte, artistas e estudantes, sendo que estão igualmente abertos à iniciativas que fomentem o exercício da criatividade e da arte africana, fora dos estereótipos relacionados com a arte do continente africano.

A Afrikanizm Art foi fundada em Agosto de 2021 e é a primeira startup angolana com impacto social, dedicada à promoção e venda online de arte contemporânea africana que procura responder a uma multiplicidade de necessidades no seio da comunidade artística, desde a promoção dos artistas africanos e do seu trabalho até ao acesso dos amantes da arte à arte africana autêntica e original.

O projecto, fundado por João Boavida e Laura Leal, acredita no poder da arte para transcender fronteiras, promover o intercâmbio cultural e enriquecer as vidas com beleza, significado e profundidade cultural.

A Afrikanizm conta com mais de 100 artistas africanos e cerca de 16 países representados.

O pagamento online faz com que estes artistas sejam vistos, comprados e remunerados de forma justa e igualitária como em qualquer galeria de arte em países com maior tradição em transações artísticas.

A Afrikanizm Art Platform foi concebida para garantir a sustentabilidade financeira dos artistas, bem como a sua profissionalização e a atribuição das ferramentas necessárias para a exportação das suas obras, sem deixar de lado a construção de uma cadeia de valor para a valorização dos artistas e do segmento da arte contemporânea africana no mercado global.

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