África do Sul faz história como primeiro país africano a assumir a presidência do G20
A África do Sul acaba de fazer história ao ser o primeiro país africano a assumir a presidência do G20 – um poderoso bloco de 19 países – a Comissão Europeia e a União Africana (UA).
Este marco significativo, que realça a crescente influência de África no processo de tomada de decisões a nível mundial, tem início oficialmente a 1 de Dezembro de 2024 e terá a duração de um ano. O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, aceitou o manto do Brasil durante a cimeira do G20 no Rio de Janeiro, marcando um momento crucial não só para a África do Sul, mas para todo o continente.
Ramaphosa manifestou a sua profunda honra em assumir este papel de liderança em nome dos sul-africanos. No seu discurso aos líderes do G20, salientou a importância de colmatar o desnível entre os decisores mundiais e as pessoas cujas vidas são afectadas pelas suas políticas. “É uma honra assumir a presidência do G20 durante o próximo ano em nome do povo do meu país”, declarou.
Ramaphosa comprometeu-se a fazer da presidência uma plataforma impulsionada pela sociedade civil, sublinhando a necessidade de inclusão e de diálogo na definição das políticas internacionais.
Sob a presidência da África do Sul, espera-se que o G20 dê prioridade a questões prementes como a estabilidade económica mundial, o desenvolvimento sustentável e o acesso equitativo aos recursos. Como primeiro líder africano do bloco, Ramaphosa tem uma oportunidade sem precedentes de destacar os desafios e as oportunidades de África, promovendo uma representação mais equilibrada do Sul Global no discurso económico e político. A recente adesão da UA ao G20 melhora ainda mais esta plataforma, reforçando o papel do continente como uma parte interessada fundamental nos assuntos globais.
Esta presidência tem também um significado simbólico e prático para a África do Sul e para África em geral. Não só representa uma oportunidade de influenciar a agenda do G20, como também serve de testemunho da crescente capacidade de liderança do continente na cena mundial. Ao defender o envolvimento da sociedade civil e ao promover a colaboração, a África do Sul pretende fazer da sua presidência do G20 um momento transformador tanto para África como para a comunidade mundial.