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Angola prevê arrecadar 20 a 40 mil milhões USD com a descoberta do poço no Namibe

Acordo visa a melhoria dos termos contratuais dos blocos 30, 44 e 45 da Bacia do Namibe, entre a concessionária, ANPG, e o consórcio Exxonmobil (60%) e Sonangol Pesquisa e Produção (40%).

A Agência angolana de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) estima que o país venha a arrecadar receitas na ordem de 20 a 40 mil milhões de dólares (com base no preço de petróleo de 50 a 60 USD), com o desenvolvimento de uma descoberta comercial na Bacia virgem do Namibe.

A informação foi avançada nesta Terça-feira, 14 de Março, pelo presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, durante a cerimónia de assinatura do Memorando de Entendimento para a melhoria dos termos contratuais dos blocos 30, 44 e 45 da Bacia do Namibe, entre a a instituição que dirige e o consórcio Exxonmobil (operadora) e a Sonangol Pesquisa e Produção

Paulino Jerónimo disse que Angola espera alcançar benefícios com investimentos estimados em 200 milhões de dólares para estudos e a perfuração do poço de pesquisa até 2024.

“A perfuração do primeiro poço na Bacia do Namibe permitirá expandir o conhecimento geológico e o potencial petrolífero do país, uma vez que, a produção petrolífera em Angola resume-se apenas às Bacias do Kwanza e do Baixo Congo”, frisou.

Com a celebração do Memorando de Entendimento, que é resultado dos termos negociados, prevê-se “benefícios consideráveis” para todas as partes envolvidas, segundo o responsável da concessionária Nacional.

Em caso de descoberta comercial no poço de pesquisa, estima-se investir 15 mil milhões de dólares para avaliação e desenvolvimento da “descoberta de larga escala”.

A produção pode iniciar até 2030, o que vai contribuir para a reversão do declínio da produção, a substituição de reservas e a criação de novos empregos na região, considera a ANPG.

O acto de assinatura foi testemunhado pelo ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e pelo vice-presidente da Exxonmobi, Neil Chapman.

Na ocasião, Diamantino Azevedo considerou o momento “importante” por que, como disse, permitirá manter a estabilidade no processo de produção do petróleo e a melhoria da qualidade da população.

“A continuidade da actividade petrolífera exige cada vez mais a atenção à questões ambientais e alterações climáticas e Angola tem adpotado todas as medidas. O governo de Angola continuara a dar passos, para que mais investimentos na actividade de exploração e produção de hidrocarbonetos aconteçam e na melhoria de legislação ambiental, para que a actividade se realiza de forma equilibra”, finalizou.

A ANPG, Exxonmobil e a Sonangol P&P celebraram Contratos de Serviços com Risco (CSR) para os referidos blocos [30, 44 e 45 da Bacia do Namibe], com data efectiva de 1 de Novembro de 2020, para a execução de operações petrolíferas. No consórcio a Exxonmobil conta com (60%) e a Sonangol P&P (40%).

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