
13 anos após morte de Bin Laden tanzaniano exige recompensa por informações fornecidas aos EUA
Um cidadão tanzaniano acusa os Estados Unidos da América (EUA) de não cumprir com uma promessa de 27 milhões de dólares por ter ajudado a desvendar o esconderijo do líder do grupo terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden.
Osama Bin Laden liderou vários ataques terroristas contra civis e militares dos EUA, tendo sido o cérebro do 11 de Setembro de 2001. O terrorista foi assassinado a 2 de Maio de 2011, em Abbottabad, Paquistão, num raide efectuado por forças especiais norte-americanas, após uma “caça ao homem” de quase 10 anos.
Agora, o tanzaniano Jabaldin Hamis Ijengo, alega ter desempenhado um papel importante para a localização de Bin Laden. Ijengo teria fornecido informações “preciosas” sobre o paradeiro do líder terrorista à embaixada dos EUA em Dar-es-Salam, em 2005.
Os EUA não o recompensaram pela colaboração, e agora Ijengo pretende processar os EUA. “Infelizmente, o incumprimento desta exigência não me deixa outra alternativa senão recorrer aos tribunais, o que pode implicar o início de um processo judicial por minha conta e risco”, advertiu o alegado informador à imprensa tanzaniana.
A embaixada dos Estados Unidos em Dar-es-Salam, através da sua porta-voz, Kalasha Holmes, recusou-se a comentar o assunto. “Embora não possamos comentar casos de aplicação da lei em curso, todas as informações fornecidas ao programa Recompensas para a Justiça são revistas e examinadas pelas autoridades americanas competentes”, escreveu Holmes num e-mail.
O “informante” recordou que os EUA lançaram uma promessa de recompensa de 27 milhões de dólares a quem ajudasse a desvendar o paradeiro de Bin Laden. A promessa surgiu na sequência aos ataques de 1998 contras as embaixadas americanas no Quénia e na Tanzânia.
“Com base nessa garantia, em Outubro de 2005 forneci informações cruciais à Embaixada dos EUA na Tanzânia sobre o paradeiro de Osama bin Laden no Paquistão. Essas informações foram recebidas pela agente especial da embaixada dos Estados Unidos, a Sra. Brunn Anne”.
Ijengo estabeleceu o prazo de 21 dias para receber a recompensa. “Agi de boa-fé, arriscando a minha segurança para ajudar na detenção do terrorista, na expectativa de que a recompensa prometida fosse cumprida”, revelou.