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Téte António: “Procuramos ter cidadãos bem-educados”

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, defendeu esta sexta-feira, em Luanda, que é preciso desenvolver estratégias capazes de pôr em relevo as oportunidades económicas com objectivo de “reorientar” a Educação no país.

Segundo o ministro, os sistemas de treinamento devem estar ao encontro do conhecimento e de competências, para alcançar o desenvolvimento harmonioso sustentável à escala nacional.

Téte António, que falava no acto de abertura da cerimónia de apresentação do Relatório da Consulta Nacional, no Quadro da Cimeira de Transformação da Educação, considerou que se deve fazer mais para a juventude, por ser a mais importante riqueza soberana do país.

“Precisamos de criar programas que visem a promoção de uma cultura de inovação, bem como valores de patriotismo para a nossa juventude”, disse.

Ressalvou, no entanto, que é preciso melhorar as estatísticas em relação ao número de estudantes inscritos nas ciências e tecnologias, engenharia e matemática, sendo que a situação é ainda pior para as raparigas e mulheres nestes campos, com um número elevado de sub-representação.

Neste contexto, adiantou que é preciso agir rápido e com qualidade, para incluir e providenciar maiores oportunidades para as mulheres, especialmente mulheres cientistas, e acelerar a matrícula das raparigas na ciência, tecnologia, engenharia e matemáticas.

Sendo assim, de acordo com o governante, deve-se consolidar uma tradição de abordagem de aspectos positivos, para equipar as nossas crianças e jovens com as valências de que necessitam, para enfrentar os desafios num mundo em constante mutação.

A realização deste evento em Angola, segundo o ministro, é a pura demonstração de que o Governo está preocupado e comprometido com a Educação, por constituir um elemento impreterível para o desenvolvimento do país à todos os níveis.

“Procuramos ter cidadãos bem-educados, com a revolução das suas habilidades sustentadas pela ciência, tecnologia e inovação, seguindo assim o espírito da Agenda 2063 da União Africana e a Agenda 2030 das Nações Unidas”, avançou.

Segundo Téte António, o ensino é o centro do debate do desenvolvimento em Angola e na região dos Grandes Lagos, pelo facto de mais de 75% da população da região estar abaixo dos 25 anos de idade.

Por sua vez, a coordenadora residente da ONU em Angola, Zahira Virani, disse que é necessário o reforço da aprendizagem de qualidade, objectivo vital da Agenda do Desenvolvimento Sustentável.

“Hoje celebramos o Dia Mundial da Juventude, e não podia ser mais oportuno nos focarmos em colocar a Educação no centro da nossa Agenda. O acesso à Educação de qualidade, de forma inclusiva e equalitária, é um forte aliado nos esforços da diminuição das desigualdades sociais”, lembrou.

O workshop de apresentação do Relatório da Consulta Nacional realizou-se no âmbito da Cimeira sobre a Transformação da Educação (TES), que Angola fará parte, a ser organizada pelas Nações Unidas, a decorrer a 19 de Setembro próximo, em Nova Iorque.

A Cimeira das Nações Unidas sobre a Transformação da Educação é uma iniciativa importante com vista a renovar o compromisso político internacional com a Educação como um fundamental bem público.

Garantir a recuperação total da Educação perturbada pela COVID-19, identificar as principais transformações estratégicas e alavancas para a recriação da educação, assim como aumentar a ambição dos objectivos nacionais da Educação, fazem igualmente parte da Cimeira.

Participaram do evento, a Ministra da Educação, Luísa Grilo, o Secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva, representantes da Unesco, entre outros.

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