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Sarampo: Cuando Cubango arranca com campanha de vacinação em Novembro

A província do Cuando Cubango vai realizar, a partir do próximo mês, uma campanha de vacinação de bloqueio do surto do sarampo, depois de receber, sábado, do Ministério da Saúde (MINSA), mais de dez mil doses de vacinas.

Para melhor orientação e êxito do programa de bloqueio da doença, na província, onde foram registados cerca de 700 casos, dos quais nove óbitos, desde Junho último, o secretário do Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, visitou várias unidades clínicas da região.

No âmbito da visita, além das vacinas contra o sarampo, o secretário de Estado entregou ao Cuando Cubango vários fármacos, com destaque para antibióticos, anti-sépticos, vitaminas, anti-palúdicos e material gastável.

Depois do arranque do programa no Cuando Cubango, segundo Carlos Alberto Pinto de Sousa, a partir de Novembro, a vacinação vai ser estendida às províncias do Namibe, Cunene, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Malanje e Luanda, esta última que já tem o registo de mil casos de doentes e 70 mortes por sarampo.

Neste momento, disse que estão a ser preparados todos os meios e criar-se uma matriz de risco em todas as províncias, de forma a se ter um sistema de alarme de vigilância epidemiológica para o controlo de casos de sarampo e de outras doenças endémicas ou não.

O secretário de Estado disse ser necessário agir-se rapidamente para a diminuição dos casos de sarampo, através da vacinação de bloqueio no Cuando Cubango, onde, além da imunização intra-hospitalar, vai ser feita uma intervenção extra-hospitalar.

Explicou que a intervenção de nível extra-hospitalar vai ser feita nas zonas com um número maior de casos, com destaque para os bairros da Paz e Pandera, arredores da cidade de Menongue, para que a vacinação de bloqueio abranja todas as crianças dos zero aos cinco anos.

Quanto aos hospitais, avançou que os doentes vão ser isolados e vacinados contra o sarampo. Neste caso, as crianças que, por qualquer motivo, chegarem às unidades sanitárias devem ser vacinadas, por forma a cortar a cadeia de transmissão da doença. Carlos Alberto Pinto de Sousa explicou que o sarampo é uma doença que aparece periodicamente e, nesta senda, é necessário prepararem-se meios para uma actuação precoce.

Recolha de dados epidemiológicos

Além do secretário de Estado, no Cuando Cubango está uma equipa técnica do MINSA que trabalha, desde sábado, para recolher os dados epidemiológicos e amostras em todas as unidades sanitárias da província para serem processadas.

Carlos Alberto Pinto de Sousa referiu que, durante sete dias, a equipa estará a efectuar o trabalho de observação de doentes internados, faixa etária, proveniência e o estado vacinal, e conversar com os pais das crianças internadas.

“Depois disso, vamos visitar todos os bairros, fazer um mapeamento geográfico sobre as cadeias de transmissão e tomar-se medidas para interrompê-la”, disse.

O dirigente explicou que os técnicos do Ministério da Saúde, também, vão capacitar os profissionais do ramo sobre os novos instrutivos da Direcção Nacional da Saúde Pública, para que todos estejam alinhados no tratamento de casos e nos procedimentos.

Carlos Alberto Pinto de Sousa apelou aos pais para que, ao observarem os filhos com sintomas de febre, tosse, olhos vermelhos e manchas no corpo, se dirijam a uma unidade sanitária mais próxima e não fazerem tratamentos caseiros, para se evitar mortes por sarampo.

O governante reforçou que as mães com filhos menores de dois anos devem continuar a amamentá-los, tendo em conta que o leite materno aumenta a imunidade das crianças.

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