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Presidente de Moçambique diz que o país pode ser um hub energético na região Austral de África

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, manifestou ontem, segunda-feira, dia 30, interesse em cooperar com o Banco Mundial (BM) em “projectos estruturantes” para a economia do país, principalmente na área energética.

“Como sabem muito bem, temos um potencial enorme para sermos um ‘hub’ em termos de fornecimento de energia à região”, afirmou o presidente moçambicano, em declarações aos jornalistas após reunir-se, em Sevilha, com o Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, à margem da IV Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Financiamento ao Desenvolvimento (FFD4).

Na componente do “potencial hídrico”, para produção energética no país, Daniel Chapo destacou o projecto da expansão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia hidroelétrica da região austral de África: “estamos com o programa de avançar para a fase 2 da HCB”.

“Falamos também sobre o projecto de Mphanda Nkuwa, que achamos que é um projecto extremamente importante para o aumento de produção de energia hidroelétrica ao nível do país e de outros projectos hidroelétricos que existem em Moçambique”, disse.

O chefe de Estado moçambicano também destacou a exploração do gás, como propulsor para a produção da energia gasosa no país. “Achamos que com o gás de Rovuma, que temos neste momento um projecto já em curso, o Coral Sul, e acabamos de aprovar o Coral Norte, vamos aumentar a capacidade de produção de gás e a nossa Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, a ENH, vai também ter uma quota maior para o gás doméstico e achamos que temos que continuar a investir na produção de energia elétrica a gás”, explicou.

Chapo apontou ainda o megaprojecto de extração de gás natural liquefeito da TotalEnergies, “que a qualquer altura pode ser retomado com o levantamento da ‘força maior'”, e o projecto da ExxonMobil, multinacional americana de petróleo e gás, considerada a maior empresa de petróleo e gás de propriedade de investidores do mundo, como vantagens energéticas de Moçambique.

“É uma grande capacidade de produção de gás e podemos também construir várias centrais e aumentar a nossa capacidade de produção de energia eléctrica em Moçambique para transporte de energia e exportação para os países da região”, disse.

Para o presidente moçambicano, com o apoio do Banco Mundial nestes “projectos estruturantes” para a economia nacional, Moçambique passa a ser parte importante para a solução energética, principalmente, na região austral do continente.

“A África do Sul tem uma crise energética, a ESwatini tem uma crise energética, Zimbabwe tem uma crise energética, o mesmo pode-se dizer em relação a Botswana, Zâmbia e todos os países da região (…), e nós temos um potencial enorme”, afirmou.

O presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, já tinha destacado, em 16 de Abril do ano passado, o papel de Moçambique como base do mercado de eletricidade na África austral,

após um encontro em Washington com o então Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, prometendo novas parcerias com o país.

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