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Liberdade condicional para ex-chefe de segurança de Presidente da RDC

Um tribunal da República Democrática do Congo (RDC) decidiu esta terça-feira conceder a François Beya, antigo responsável pela segurança do Presidente Félix Tshisekedi, “liberdade condicional”, durante o julgamento por conspiração contra o chefe de Estado.

A defesa de François Beya disse que a justiça militar da RDC decidiu conceder-lhe “liberdade condicional” a Beya, o “Sr Segurança” do Presidente Felix Tshisekedi, processado por conspiração contra o chefe de Estado.

“O Alto Tribunal Militar concedeu finalmente a libertação condicional ao nosso cliente François Beya por razões de saúde”, disse o advogado, John Kaboto, citado pela agência France-Presse.

“O nosso cliente também está autorizado a procurar tratamento numa instalação hospitalar apropriada, seja no país ou no estrangeiro. Pede-se-lhe simplesmente que faça o pedido”, acrescentou Kaboto, explicando que, “contudo, as audiências continuam normalmente no julgamento por conspiração e ofensa contra a pessoa do chefe de Estado, violação de ordens e incitação dos militares a cometer actos contrários ao dever e à disciplina”.

Conselheiro especial do chefe de Estado da RDC em matéria de segurança, François Beya Kasongo, 67 anos, foi detido em 05 de Fevereiro pela Agência Nacional de Inteligência (ANR).

Em 08 de Fevereiro, a Presidência congolesa afirmou que os investigadores tinham encontrado “graves indícios de acções contra a segurança nacional” contra o antigo “Sr. Segurança”.

Detido por dois meses nas instalações da ANR, François Beya foi transferido para Makala em 05 de Abril.

“A prisão e detenção arbitrária de François Beya Kasongo pode ser explicada, principalmente, pelo facto de que uma acusação farsa foi montada contra ele”, afirmou então o advogado, considerando que o ex-chefe de segurança do chefe de Estado é “vítima de uma guerra dentro do palácio presidencial”.

Segundo a mesma fonte, Beya “está a pagar pela sua investigação sobre um conflito mineiro”, que envolve um assessor privado do chefe de Estado, Fortunat Biselele, e o ex-presidente da comissão eleitoral, Corneille Nangaa.

Chefe da Direção Geral de Migrações durante o regime do ex-presidente da RDC Joseph Kabila (2001-2019), François Beya tornou-se, em 2019, o “Senhor segurança” do Presidente Tshisekedi e permaneceu neste cargo, apesar da ruptura, no final de 2020, entre Tshisekedi, o atual Presidente, e o seu antecessor, após dois anos de uma cogestão conflituosa do país.

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