Guerra entre Israel e Hamas começou há um mês e já fez mais de 10 mil mortos
Há um mês, precisamente no dia 7 de Outubro, ataques promovidos pelo Hamas no sul de Israel foi a faísca num barril de pólvora milenar. Como resposta pela investida, de que resultou na morte de 1400 civis israelitas, segundo números de Telavive, as Forças de Defesa de Israel começaram a bombardear e posteriormente a realizar incursões terrestres na Faixa de Gaza, provocando mais de 10 mil mortos, de acordo com o último balanço divulgado ontem, segunda-feira, dia 6 de Novembro, pelo Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas. Entre as vítimas há 4104 crianças.
O pesadelo em Gaza é mais do que uma crise humanitária é uma crise de humanidade, afirmou o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. Pelo menos 88 funcionários da ONU para os refugiados na Palestina morreram, sendo este o conflito com mais vítimas fatais da organização. Pelo menos 47 edifícios da ONU foram danificados. Cerca de 70% dos dois milhões e 300 mil habitantes de Gaza fugiram das suas casas. Alimentos, combustíveis e medicamentos são escassos e as escolas, controladas pela ONU e convertidas em abrigo, estão superlotadas. Muitas pessoas estão a dormir nas ruas.
A guerra também aumentou as tensões entre Israel e o Hezbollah do Líbano. Recorde-se que na última sexta-feira, o líder deste movimento, Sayyid Hassan, disse que uma guerra total é algo realista e responsabilizou o governo dos EUA pelo conflito.
A ideia de um cessar-fogo é rejeitada por Israel e pelos Estados Unidos, com Washington a pedir pausas humanitárias. A intensão dos EUA é permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza e a libertação dos reféns israelitas nas mãos do Hamas.
Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, ontem, numa entrevista à cadeia de televisão ABC News, disse que sem a libertação dos reféns não haverá um cessar-fogo. Benjamim Netanyahu assegurou também que Israel, uma vez o conflito terminado, será responsável, durante algum tempo, pela segurança na Faixa de Gaza.