“É preciso agir no concreto” – Papa Francisco, no Bairro da Serafina
O terceiro dia da visita do Papa Francisco a Portugal, no âmbito das Jornadas Mundial da Juventude (JMJ), teve início com uma visita ao Bairro da Serafina em Lisboa, um local com graves problemas sociais.
Após várias intervenções de responsáveis ligados aos projectos sociais do Bairro da Serafina em Lisboa, o Papa começou por falar da caridade, como origem e meta do caminho cristão, ajudando a não esquecer “a rota” e o sentido “daquilo que fazemos”.
“Obrigado pelos vossos testemunhos, dos quais quero destacar três aspetos: fazer juntos o bem, agir no concreto e estar próximo dos mais frágeis. Primeiro, fazer juntos o bem. ‘Juntos’ é a palavra-chave, que ouvi repeti”, sublinhou o papa Francisco.
Depois, lembrou que é preciso “agir no concreto” e que a igreja “não é um museu de arqueologia”. “É a antiga fonte do povo que administra a água às gerações actuais e futuras. É preciso ter atenção ao aqui e agora, como estão a fazer todos vocês com esmero e sentido prático, aqui neste bairro.”
E, pondo de lado o discurso escrito, improvisou: “Não há um amor abstracto. O amor platónico está em órbitra. O amor que sinto por todos vós é um amor concreto ou abstracto? Se der a mão a um marginal tiro-a logo para não me pegar uma doença? Não. Aqui temos uma realidade que deixa marcas, que são uma inspiração para os outros. São vós que gerais vida continuamente com a vossa vida com as vossas mãos. Não desanimem, sigam em frente.”