
DP World inicia requalificação de Terminal no Porto de Luanda
A DP World, um grupo dos Emirados Árabes Unidos, iniciou, terça-feira, as obras de reformulação do Terminal Multiusos (TMU) do Porto de Luanda, num investimento avaliado em 210 milhões de dólares, que o ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu, declarou adequado para tornar o terminal num dos mais modernos da África Austral.
A companhia, que em 2020 venceu o concurso público para gestão do TMU do Porto de Luanda por 20 anos, com a obrigação de pagar mais de mil milhões de dólares durante o período de exploração, opera em simultâneo o terminal carga geral e contentores, com uma capacidade de movimentação de 2,6 milhões de toneladas por ano.
O ministro dos Transportes considerou a DP World um parceiro que conhece a infra-estrutura que opera e destacou o valor da companhia para melhorar a eficiência dos transportes e da logística a nível nacional, beneficiando com isso a economia doméstica e regional.
Depois de ter vencido o concurso internacional para a gestão do Terminal Multiusos do Porto de Luanda, em 2021, a operadora pensa, agora, em modificar num dos mais eficientes do continente através de grandes investimentos em equipamentos, tecnologia de ponta, formação de novas e modernas técnicas de gestão, aposta na reconversão e no aproveitamento da capacidade dos trabalhadores.
O ministro explicou que a operadora é um parceiro que conhece a infra-estrutura que opera, o valor da mesma para melhorar a eficiência dos transportes e da logística a nível nacional, beneficiando com isso a economia doméstica e regional.
O director-geral da operadora dos Emirados Árabes Unidos, em Luanda, Francisco Pinzon, disse que depois de ter ganho a concessão de exploração deste terminal, a DP World assumiu como principal objectivo da gestão, apetrechamento e a modernização do Terminal, missão para a qual contou com o apoio do Estado, clientes, colaboradores e as comunidades locais que contribuem para o sucesso colectivo deste projecto.
A execução do projecto tem um prazo de 18 meses, com a empreitada a ser executada pela construtora Griner e obras que elevam a capacidade do Porto de Luanda de 430 mil para 700 mil unidades contentorizadas por ano.
Características das obras
O projecto consiste na construção de um edifício de dois andares para a administração e operações, dois ramais de acesso (carga e descarga), instalações dos serviços aduaneiros, da Polícia Fiscal e de um Raio-X ultra-moderno.
Para além de requalificação do espaço de operação e acomodação da carga, o director-geral indicou que vão ser instalados equipamentos como scanners de última geração, além de outros meios técnicos e tecnológicos modernos.
A requalificação dos 22 hectares do TMU vai trazer também uma zona de abastecimento de combustível com maior capacidade, uma clínica, três parques de estacionamento e 588 tomadas para frigoríficos.
Francisco Pinzon fez saber também que a acção surge por força do contrato de concessão de duas décadas e que, dois anos e meio depois da assinatura do contrato de concessão, o investimento na modernização do TMU mantém-se como um dos principais objectivos.
Desde o contrato de atribuição, há registo de crescimento de 25 por cento da actividade, em comparação com o primeiro ano de actuação. Hoje, lançámos a primeira pedra de uma nova obra, que nos conduzirá não só ao aumento da modernização do terminal, mas também à criação de melhores condições de trabalho para as autoridades portuárias e para todos quantos utilizam terminal diariamente”, disse.
Para as operações no TMU, a DP World identificou um conjunto de oportunidades para aumentar a sua eficiência, com destaque para a remodelação do departamento técnico, qualificação do pessoal e a aquisição de novos e modernos equipamentos de movimentação de carga.
As novas condições de trabalho podem reflectir-se sobre a produtividade do terminal que conta com 725 colaboradores, os quais o director-geral da DP World Angola afirmou que têm desenvolvido uma função transformadora para a criação de riqueza e crescimento económico e social dos países.