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China investe 1,4 mil milhões de USD na modernização da linha de caminho de ferro Tanzânia-Zâmbia

A Corporação de Construção de Engenharia Civil da China (CCECC) vai investir 1,4 mil milhões de dólares na modernização da linha férrea Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), melhorando a rota fundamental para as exportações de cobre da África Central, informou a agência Reuters. O caminho-de-ferro também oferece uma forma de contornar os constrangimentos logísticos na África do Sul que têm atrasado as exportações de cobre e cobalto.

Citado num comunicado, o director-executivo da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia, Bruno Ching’andu, responsável pela exploração da linha, sublinhou que as negociações para um contrato de concessão por 30 anos ainda estão em curso: “A decisão de conceder a licença é o resultado de uma avaliação aprofundada dos desafios enfrentados pela TAZARA ao longo dos anos, que exigiam uma intervenção urgente.”

Os Governos da Tanzânia e da Zâmbia estabeleceram uma parceria com a empresa pública CCECC para restaurar a linha férrea, que se encontra em mau estado de conservação. O pacote de investimento inclui mil milhões de dólares para a reabilitação total dos carris da TAZARA, bem como 400 milhões de dólares para a aquisição de 32 novas locomotivas e 762 vagões.

Os responsáveis da TAZARA afirmaram que o investimento irá reforçar o comércio entre os dois países, melhorar a logística para o sector mineiro e reduzir os custos de transporte tanto para as empresas como para os passageiros.

A concorrência do Corredor do Lobito

Isto acontece no momento em que os Estados Unidos da América apoiam um corredor de transporte concorrente para minerais, conhecido pelo Corredor do Lobito.

Recorde-se que o antigo Presidente dos EUA, Joe Biden, visitou o Corredor do Lobito no final do seu mandato para destacar o empréstimo de 550 milhões de dólares para a ferrovia, que liga a República Democrática do Congo e a Zâmbia, ricos em minerais, à costa atlântica de Angola, mas o actual Presidente, Donald Trump, ainda não indicou publicamente os seus planos para o projecto.

Em 2023, a China, a Tanzânia e a Zâmbia assinaram um memorando de entendimento para reabilitar a linha férrea de 1860 quilómetros, originalmente financiada e construída pelo país asiático na década de 1970. Refira-se que esta é a modernização mais significativa da ferrovia desde a sua construção.

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