Estamos juntos

Angola reduziu índice da fome em 50% e poderá baixar mais em 2027

Angola é um dos 32 países que diminuíram em 50%, ou mais, o seu Índice Global de Fome (IGF) nos últimos 22 anos, de acordo o relatório anual “Transformação dos Sistemas Alimentares e Governação Local”, elaborado pelas organizações não-governamentais (ONG) Welthungerhilfe e Concern Worldwide para analisar o estado da fome no mundo.

Na edição de 2022, os autores identificaram “sinais de progresso”, apesar da situação global ser “sombria e lúgubre”. Desde o ano 2000, 32 países viram o seu Índice Geral de Fome a diminuir em 50% ou mais, incluindo pelo menos um país de quase todas as regiões do mundo.

Entre estes países está Angola, que apresenta um índice de 25,9 no relatório mais recente, quando no ano 2000 o índice era de 64,9.

Para o quinquénio 2022-2027, o Governo compromete-se a travar um combate cerrado à fome e à pobreza, reduzindo, primeiro, ao máximo, a taxa da população que vive abaixo do limiar de pobreza.

Para isso, o Governo prevê aumentar substancialmente o número de agregados familiares beneficiados com transferências monetárias directas e de inclusão produtiva, nomeadamente através do Programa Kwenda, de modo a melhorar os resultados até aqui alcançado com as políticas de combate à fome.

O quarto eixo do Programa de Governação para os próximos cinco anos estabelece várias metas que visam reduzir as desigualdades sociais, erradicando a fome e a pobreza extrema, promovendo a igualdade do género e solucionando os desafios multidimensionais e transversais à elevação da qualidade de vida das populações.

A visão do Governo é a de promover relações equilibradas entre os cidadãos, independentemente do espaço territorial onde residam, assegurando, em todo o território nacional, o acesso aos serviços públicos e ao bem-estar social.

O Executivo compromete-se a reorganizar e padronizar, com caracter flexível, a rede de serviços e de prestações sociais e económicas em função do diagnóstico e do planeamento da acção social, priorizando acções de inclusão produtiva com destaque para a agricultura, cujo impacto esperado é o fortalecimento da capacidade de coordenação e resposta do sistema de protecção e desenvolvimento integral da criança ao nível dos municípios, promovendo, inclusive, acções que garantam a sua segurança alimentar e nutricional.

Assegurar a realização do diagnóstico de vulnerabilidade e reorientar a assistência social para quebrar os ciclos de pobreza e definir os serviços básicos que o Estado deve prestar, assegurar assistência social às pessoas em situações de vulnerabilidade, calamidades e sinistros, bem como assegurar a protecção e promoção dos direitos dos grupos vulneráveis (crianças, pessoas com deficiência e idosos) e grupos minoritários, são, entre outras, as metas do Executivo para continuar a baixar o Índice Global de Fome no País.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...