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Angola acolhe 10ª cimeira da OECP de 6 a 10 de Dezembro

Evento decorrerá sob o lema “Três Continentes, Três Oceanos, Um Destino Comum: Construir uma OEACP Resiliente e Durável”.

O país vai albergar, de 6 a 10 de Dezembro próximo, a Décima Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Organização dos Estados de África, Pacífico e Caraíbas (OEACP), sob o lema “Três Continentes, Três Oceanos, Um Destino Comum: Construir uma OEACP Resiliente e Durável”.

De acordo com o Presidente da República, João Lourenço, que anunciou durante o discurso sobre o estado da Nação, este evento, de elevada importância, marcará a assunção pela República de Angola da Presidência rotativa da referida Organização, colocando o nosso país perante os holofotes internacionais, pelo que apela a um empenho colectivo, convidando a colaboração dos mais variados estratos da sociedade, para fazer deste evento internacional uma festa de todos.

Diplomacia económica na linha da frente
O Presidente da República anunciou que o Governo dará atenção particular à vertente económica da nossa diplomacia. Sendo esta uma das suas prioridades, o Executivo angolano tem trabalhado na consolidação das condições que permitam o país continuar a tirar proveito de uma cooperação internacional dinâmica, diversificada e eficaz com os mais variados países com os quais tem uma relação de interesse estratégico.
A abertura de novas Representações Diplomáticas e Consulares concorre precisamente para a materialização deste desejo de reposicionamento no continente africano e de aproximação a regiões do mundo internacionalmente reconhecidas pelo seu forte potencial político e económico.

Outro eixo importante da acção diplomática será o de continuar o compromisso com a melhoria da situação de paz e segurança em África.
“Continuaremos a desempenhar este papel activo em todas as organizações internacionais e regionais de que somos membros, com destaque para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGIL), a União Africana e a Organização das Nações Unidas”, disse o chefe de Estado.

No plano internacional, considera que que o actual conflito entre a Federação Russa e a Ucrânia tem trazido consequências económicas mundiais muito graves, que têm afectado seriamente a dinâmica e as perspectivas de crescimento dos vários países do mundo.

Com efeito, somos todos vítimas em maior ou menor grau desta guerra que eclodiu em plena Europa. “Preocupa-nos sobremaneira o número elevado de vítimas humanas, de deslocados e refugiados, de destruição de importantes infra-estruturas industriais e sociais, assim como de património cultural”, sublinhou João Lourenço.

Perante esta situação, de acordo com o Presidente de Angola, em pleno alinhamento com o princípio de não-indiferença contido no Acto Constitutivo da União Africana, a República de Angola vai continuar a reiterar o seu apelo para a cessação imediata da guerra e a exortar as partes a privilegiar o recurso ao diálogo para a resolução pacífica e definitiva deste conflito com fortes tendências de se tornar mundial.

À luz destes elementos e outros não menos importantes, João Lourenço aproveitou a tribuna solene da Assembleia Nacional para reafirmar o compromisso da República de Angola com o multilateralismo, sendo que este representa uma das vias mais seguras para a promoção de plataformas de diálogo em que cada Nação possa dar o seu contributo, evitando assim as tentações cada vez mais presentes que consistem em redesenhar uma espécie de configuração bipolar do mundo.

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