Alves Simões pode concorrer à presidência de direcção da FAF
Ao que consta, alguns clubes e associações solicitaram o antigo presidente do Interclube a apresentar a candidatura às eleições da Federação Angolana de Futebol, para o quadriénio 2024-2028.
Em causa está o facto de um grupo de associados não se reverem na forma de gestão do actual “inquilino” da FAF, Artur Almeida e Silva, que tem sido unipessoal, segundo apurou o Jornal de Angola.
“Alves Simões reúne o perfil para assumir o destino da FAF. Ele tem experiência e está comprometido com a causa futebolística. O momento é de mudança”, começou por esclarecer um dos interlocutores que preferiu anonimato, apoiante da candidatura do presidente da ANCAF.
Questionado como tinha sido a reacção de Fernando Alves Simões, uma vez convidado a abraçar o desafio de liderança do futebol nacional, a fonte garantiu que haverá novidades nos próximos dias. “Peço-vos um pouco de paciência. Brevemente terão a resposta …se sim ou não da candidatura do dirigente. Tudo a seu tempo”, disparou a fonte acima citada.
Caso se confirme a intenção, Alves Simões vai ter de renunciar ao cargo na associação de clubes, algo que já mereceu o parecer jurídico, de modo evitar “um passo em falso” e ver-se impedido de participação, a exemplo de Norberto de Castro, há quatro anos. O Jornal de Angola procurou contactar o líder da ANCAF para o obter informação da eventual candidatura, mas não foi bem-sucedido.
Seja como for, vários nomes têm sido cogitados ao cadeirão máximo da instituição que gere a modalidade no país, nomeadamente Norberto de Castro, Alcibíades Maieco ” Akwá” e José Macaia, apesar de nenhum ter manifestado publicamente a intenção de suceder a Artur Almeida e Silva.
Aliás, em falar no actual “inquilino” da FAF, o sucessor de Pedro de Morais Neto já manifestou a intenção de concorrer a um terceiro mandato, após a eleição em 2016 e 2020. Há quatro anos, Nando Jordão, António Gomes, José Macaia e Norberto de Castro deram a “cara” à corrida ao órgão reitor da modalidade, mas o último acabou inelegível, com base no artigo n° 11/03 da lei do Desporto de aludida renúncia, enquanto vice-presidente.
Nessa altura, Castro solicitou o parecer ao Ministério da Juventude e Desportos e recebeu o aval que nada o impedia de participar no “jogo eleitoral”, mas o entendimento da comissão liderada por Gilberto Faria Magalhães foi diferente.
O empresário recorreu aos tribunais, onde até hoje é dirimido o litígio. O pleito eleitoral, esse, acabou disputado por apenas três candidatos, num sufrágio que culminou com a vitória do actual presidente da FAF, com 70 votos a favor, suplantando Nando Jordão (58), António Estraga (28) e José Macaia (8).
Em 2016, o antigo presidente do Vitória do Sambizanga estreou-se na liderança daFAF, batendo na concorrência José Luís Prata e Osvaldo Saturnino “Jesus”. Porém, oito anos depois, oficialmente o tiro de largada ainda não foi disparado, mas Artur Almeida e Silva não esconde a disposição de recandidatar-se à liderança da FAF, no terceiro trimestre do ano.