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Trocas comerciais entre Angola e a China registam crescimento de 30%

O valor das trocas comerciais entre Angola e a China, de Janeiro a Agosto de 2022, rondou os 20 mil milhões de dólares, revelou, esta quinta-feira, em Luanda, o embaixador da China em Angola, Gong Tao.

Comparando com igual período anterior, houve um aumento de 30% nas relações comerciais entre os dois países.

Desde 2007, Angola tornou-se no  maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios avaliado em 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos, só em 2010.

Segundo o embaixador chinês, que manteve um encontro com os jornalistas, o crescimento do volume das trocas comerciais resulta do aumento de empresas chinesas a actuar nos mais variados sectores em Angola, bem como a aposta do gigante asiático nas relações económicas.

No sector da agricultura, por exemplo, apontou a aposta no cultivo de arroz, milho, legumes, frutas e outros produtos.

Adiantou que existem, igualmente, empresas chinesas a produzir ovos, montagens de telemóveis, televisores, contentores, carros chineses, bem como apoiando o governo angolano na modernização de sectores como o da justiça, com equipamentos de alta tecnologia para a produção e emissão de bilhetes de identidade.

De acordo com o diplomata, a China continuará a a apoiar Angola rumo ao desenvolvimento sustentável, aproveitando as oportunidades para benefício mútuo.

Por seu turno, o secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, realçou o facto de a China ser, desde há cerca de 40 anos, um parceiro estratégico de Angola, estendendo a mão nos momentos mais difíceis.

Frisou que no domínio da comunicação social, a China tem sido um parceiro activo, apoiando na formação de quadros nas grandes universidades chinesas.

“(…) Esse é um passo importante para que nos próximos anos esteja nas prioridades a formação e o intercâmbio entre os vários órgãos de comunicação social dos dois países”, realçou.

Pagamento da dívida

Em relação ao facto de Angola ter antecipado o pagamento da dívida pública com um dos maiores credores (China), no quadro dos acordos assinados, o embaixador considera ter sido uma escolha inteligente, reforçando que a China está disponível para continuar a apoiar o Governo angolano.

Realçou as reformas levadas a cabo pelo Governo, nos últimos anos, tendo uma economia cada vez menos dependente do petróleo, focada na diversificação da economia.

O diplomata frisou que existe uma forte esperança para um bom crescimento nos próximos anos para a economia angolana.

De acordo com Gong Tao,  nos últimos 20 anos, Angola recebeu financiamento chinês destinados para várias obras em aeroportos, caminhos-de-ferro, centralidades, hospitais, escolas e  barragens, contribuindo no crescimento do país.

Destacou o facto de a economia angolana mostrar uma grande resiliência, força e dinâmica, apesar das dificuldades actuais.

“Actualmente, o financiamento é uma área importante. Mas as áreas do investimento e comércio continuam fortes, porque a China, nos últimos 10 e 15 anos, tem sido o primeiro parceiro comercial de Angola”, reforçou.

Os dados da AGT indicam que a China continua a ser o maior parceiro comercial de Angola, mantendo-se no primeiro lugar da lista dos maiores clientes das exportações de bens angolanos, com destaque para o petróleo.

O gigante asiático comprou, entre Janeiro e Junho de 2022, mercadorias no valor de 9,9 mil milhões USD, o equivalente a 47,8% do total das exportações nacionais para o resto do mundo.

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