Simbolismo no primeiro dia de campanha no Brasil

Jair Bolsonaro esteve em Juiz de Fora, Minas Gerais, na esquina da rua Halfeld com a rua Batista de Oliveira, precisamente onde sofreu o atentado nas últimas eleições de 2018. A escolha do local  ficou a dever-se ao facto de ter “renascido” após o atentado. “É o renascimento. Momentos tensos. Vida e morte. Graças a Deus vencemos. É a partir daqui que recomeçamos a nossa campanha para mais quatro anos”, referiu, emocionado o actual presidente. Saliente-se que durante todo o tempo que permaneceram em Juiz de Fora Bolsonaro e o seu candidato a vice, Braga Netto, trajaram coletes à prova de bala.

Já o seu principal adversário, Lula da Silva, deu o pontapé de saída em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, numa visita a uma fábrica de automóveis. A região é berço do sindicalismo que o projetou para a vida pública.

Lula subiu ao carro de som pouco antes das 15h e, após uma breve troca de palavras com Gleisi, França e Haddad, tomou a palavra cerca de 20 minutos.

Durante o discurso aos metalúrgicos no ABC, o ex-presidente criticou a forma como o Governo de Bolsonaro lidou com a pandemia de Covid 19.  “Você não tem amor, uma única lágrima para as 680 mil pessoas que morreram de Covid. Você nunca se preocupou em saber quantas crianças estão órfãs, porque você é negacionista. Você não acredita na ciência. Você não acreditou na medicina. Você não acreditou nos governadores. Você não acreditou na medicina. Você acreditou na sua mentira. Porque se tem alguém que é possuído pelo demônio é esse Bolsonaro”, disse o candidato do PT.

O candidato à Presidência afirmou que deve tudo o que aprendeu na vida e na política aos metalúrgicos do ABC, e contou histórias de quando foi sindicalista na região. “Foi aqui que eu aprendi a ser gente, adquiri consciência política, e foi por causa de vocês que eu acho que fui um bom presidente da República”, disse.