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Países africanos expõem suas potencialidades turísticas na maior feira da África do Sul

A cidade sul-africana de Durban, localizada na província de KwaZulu-Natal, é palco desde esta segunda-feira da maior feira internacional comercial e de turismo de África. Designado “Africa’s Travel Indaba”, o evento junta na presente edição, 27 países africanos, visando exibir as suas potencialidades turísticas.

Com término esta quinta feira (15), a feira espera receber pouco mais de nove mil visitantes e 1300 expositores que vão beneficiar de uma plataforma ideal para expositores de turismo africanos apresentarem suas ofertas a compradores internacionais e locais, empresas de marketing de destino e parceiros de serviços de turismo de lazer.

Moçambique é um dos países que participa no Indaba – 2025. A  delegação moçambicana chefiada pelo director-geral do Instituto Nacional de Turismo (INATUR), Richard Baulene, pretende usar da plataforma para promover o turismo nacional no seio dos turistas e estreitar parcerias com outros operadores do continente.

Entretanto, durante a abertura do evento, o CEO do Turismo na África do Sul, Nombulelo Guliwe, destacou a importância da feira como um “verdadeiro motor” para o desenvolvimento do turismo africano. A fonte ressaltou ainda o poder da convergência neste evento, afirmando que “as melhores mentes da indústria do turismo se reúnam não apenas para participar, mas para criar o sucesso do evento por meio da colaboração e visão compartilhada”.

Ao longo dos quatro dias do Indaba – 2025, os operadores turísticos de África vão debater sobre o futuro do turismo no continente num momento em que a inovação, tecnologia e adaptação surgem como factores fundamentais.

Segundo Travel and Tour World, o turismo em África está a caminho de um crescimento notável, com projecções que indicam uma geração de 100 mil milhões de dólares até 2030, impulsionando a criação de milhões de empregos e promovendo uma transformação económica significativa no continente.

Estima-se que o turismo costeiro ou marítimo – conjunto de actividades económicas, sociais e culturais que ocorrem em ambientes marítimos ou na costa, em particular – represente uma parcela substancial desse crescimento, podendo ultrapassar 100 mil milhões de dólares e criar 28 milhões de postos de trabalho.

Adicionalmente, dados da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT), apontam que o continente tem recuperado rapidamente do impacto da pandemia, tendo em 2023, as chegadas internacionais a África alcançado 96% dos níveis pré-pandémicos. “Entre os países que lideram este ressurgimento estão o Quénia, o Zimbabué, o Botsuana, a Namíbia, Madagáscar e Gana, que atraem turistas graças às suas atracções naturais e políticas de vistos acessíveis”, assinala.

De acordo com a OMT, no mesmo período, o sector das viagens e turismo em África representou 9,1% do PIB mundial, equivalente a 9,9 biliões de dólares, e projecta-se que continue a ser uma força motriz na criação de empregos, com 449 milhões de vagas globais previstas até 2034.

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