País defende maior equidade no tratamento dos refugiados

A secretária de Estado, que falava no debate geral da 74ª Sessão do Conselho Executivo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que decorre no Palácio das Nações, disse que a necessidade surge no sentido de se pôr fim aos assuntos ligados aos foragidos, ao que classificou como “solidariedade selectiva, uma vez que se tem constatado estagnação no tratamento de vários casos que já poderiam ter sido superados”.

Esmeralda Mendonça manifestou o compromisso do Estado angolano em cooperar com as agências especializadas da ONU, para mitigar a problemática dos refugiados e deslocados no mundo.

Por outro lado, saudou os esforços do ACNUR, em especial no processo de reformas empreendido pela direcção, e transmitiu aos presentes que, assim como a agência especializada da ONU, Angola está igualmente preocupada com a situação dos refugiados no mundo, que atingiu um número sem precedentes no ano passado, devido à persistência dos conflitos armados.

Nesta conformidade, considerou, ainda, importante a conjugação de esforços para a mobilização de respostas rápidas e actuantes face ao crescente número de pessoas deslocadas e o recrudescer de conflitos em várias regiões geo-políticas do mundo.

Durante a sua intervenção, a secretária de Estado Esmeralda Mendonça destacou a importância dos Estados-membros do ACNUR continuarem a trabalhar em prol de um mundo mais solidário e na construção de um modelo de inclusão social sustentável para todas as pessoas que se encontram na condição de refugiados e que têm a esperança de poderem um dia desfrutar de um tecto, sem qualquer tipo de ameaça.

A intervenção da chefe da delegação angolana foi vivamente aplaudida e elogiada pela mesa do presidium da 74ª Sessão do ExCom-ACNUR, acto testemunhado pelo Alto-Comissário, Filippo Grandi.