CFL investe 200 milhões USD em novas estações
Quatro novas estações ferroviárias e infra-estruturas de apoio dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL) estão em construção nas estações do Bungo, Musseques, Viana e Baía, num investimento orçado em cerca de 200 milhões de dólares.
De acordo com o JA, o assessor de imprensa do Ministério dos Transportes, Manuel Júnior, disse que as obras, iniciadas em Julho de 2017, têm o término previsto em Julho deste ano. As quatro estações ferroviárias, esclareceu, são partes do programa de expansão e modernização do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), que passam também pela melhoria e ampliação dos acessos ao novo Aeroporto Internacional de Luanda.
A obra, a cargo da empresa de engenharia China Hyway e Tianjin Oubaiwei, está a ser fiscalizada pela Transfic. “As novas estações ferroviárias vão ter a capacidade para atender, até, sete mil passageiros por dia”, adiantou. A estação do Bungo, revelou, vai ter uma capacidade superior às demais. “Ela está a ser concebida para servir 2.200 passageiros por dia”, avançou, acrescentando que os custos recaem sobre o Ministério dos Transportes, enquanto dono da obra. “A empresa Caminhos-de-Ferro de Luanda tem a responsabilidade de fazer o devido acompanhamento da obra e prestarem todo o apoio técnico necessário”.
Em relação ao destino das antigas estações ferroviárias, assegurou que vão continuar ao serviço dos comboios convencionais, para suprirem as necessidades de médio e longo curso. “Quanto à circulação dos comboios eles vão continuar a circular para Malanje, mas apenas para o transporte de mercadorias”, disse, acrescentando que neste troço têm feito o trajecto com precaução, em especial na zona Zenza-Cacuso.
A mesma preocupação, realçou, existe no troço urbano Bungo-Baía, de 36 km, cuja primeira linha carece de uma intervenção urgente, de modo a manter a circulação das novas Unidades Múltiplas Diesel (DMU’s), os comboios mais modernos da actualidade e dos passageiros.
Em 2022, a empresa Caminhos-de-Ferro de Luanda transportou mais de 642 mil 345 passageiros. O transporte de passageiros, avançou, permitiu à CFL arrecadar 179.528. 211 kwanzas, em função do preço subsidiado da tarifa para passageiros, do circuito urbano e interurbano.