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Silêncio: vai começar o Euro 2024

Arranca esta noite, sexta-feira, dia 14, o Euro 2024, que se joga na Alemanha até 14 de Julho. Vinte e quatro selecções procuram levantar o título mais cobiçado do futebol europeu. A Itália defende o troféu de campeão conquistado em 2020.

Mas é a Alemanha, selecção anfitriã, que mais logo dará o pontapé de saída da 17ª edição do Campeonato da Europa de Futebol frente à Escócia, na primeira jornada do grupo A. A “Mannschaft” não vence o Euro desde 1996 e as precoces eliminações nos últimos dois mundiais colocam muita pressão numa das maiores selecções de futebol do mundo.

Para Julian Naglesmann, selecionador alemão, a pressão dá lugar à ansiedade de começar a jogar e mostrar ao povo alemão do que esta equipa é capaz: “Estou entusiasmado. Penso que é um momento especial para toda a gente neste país. Vamos tentar dar o nosso melhor. Tentaremos também convencer todos os adeptos nas bancadas de que somos uma das equipas mais competitivas deste torneio”, declarou o treinador à APF.

Para Ilkay Gundogan, foi uma honra de ter passado de um jovem adepto a capitão da Alemanha. “Em 2006, quando era jovem, também participei nestes festivais de adeptos em frente aos ecrãs e gostei imenso. Fazer parte deste país e poder representar a equipa alemã e o povo alemão com orgulho é, naturalmente, uma honra incrível”, disse. A Alemanha é a selecção com mais presenças em fases finais do Euro, 14 ao todo, contabilizando o período em que estava dividida entre a RFA e RDA.

Do outro lado da barricada, está a Escócia. É apenas a quarta presença num Europeu. No entanto, o registo da qualificação impõe respeito. A Escócia ficou no 2º lugar num grupo onde tinha a Espanha e deixou para trás a Noruega, de Erling Haaland, um dos grandes ausentes deste europeu.

O seleccionador Steve Clark quer dar um presente ao povo escocês: “Acho que todos devemos estar orgulhosos por estarmos aqui. Esperemos que no final deste torneio nos sintamos orgulhosos por termos conseguido algo mais, algo mais especial no que respeita ao futebol escocês.”

A estrela da equipa e capitão, Andy Robertson, admite que a Europa espera pouco da Escócia. “Mas nós esperamos muito de nós próprios. Temos de mostrar isso em campo e temos de dar o nosso máximo e, se o fizermos, veremos até onde podemos ir”, promete.

A competição é um dos eventos desportivos mais vistos no mundo. No último Euro 2020, jogado em 2021 devido à Covid-19, a UEFA anunicou uma audiência superior a 5 mil milhões de pessoas.

Segurança é prioridade

A Alemanha tem estado a reforçar as medidas de segurança para este Euro 2024, abordando uma vasta gama de ameaças, incluindo o terrorismo, o hooliganismo e a cibersegurança.

Mais do que os 90 minutos de futebol, o convívio, a oferta hoteleira e a famosa cerveja, a ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, afirmou que a segurança de todos é a prioridade número 1.

“A segurança deste torneio, a segurança do Campeonato Europeu de Futebol na Alemanha, é a nossa principal prioridade. A cooperação entre o Estado Federal e as regiões para garantir a segurança do torneio está a correr muito bem”, assegurou.

A polícia está 100% mobilizada, com os agentes proibidos de tirar férias durante o torneio. Todo o cuidado é pouco, com 2,7 milhões de pessoas esperadas para assistir aos jogos em todo o país.

A Alemanha convidou cerca de 300 peritos em segurança de todos os países que participam no torneio para um projecto de monitorização no Centro Internacional de Cooperação Policial. O país vai também introduzir controlos de segurança com os nove países com os quais faz fronteira.

Constelação de estrelas

A Alemanha dá as boas-vindas a algumas das maiores selecções e estrelas do futebol europeu e mundial. À cabeça, o primeiro jogador na história a participar pela sexta vez num campeonato: o português Cristiano Ronaldo, que tem o sonho de voltar a ser campeão por Portugal. “O sonho tem de estar sempre vivo e é jogo a jogo, temos de ter calma e sabemos que é uma competição curta, mas acho que a equipa está muito preparada”, assegura o capitão de Portugal.
A seleção francesa também já está na Alemanha. Dayot Upamecano, jogador com raiz guineense, não escondeu a felicidade pelo apoio dos adeptos: “Ver os adeptos aqui para nos apoiarem, acho que vamos dar tudo por tudo para os fazer felizes.”
Pedri, um dos maiores talentos da seleção de Espanha, diz que o ponto mais forte da equipa é a união. “Somos uma família em campo e fora dele”, sublinha.

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