Secretária do Presidente destaca importância da avaliação externa
A secretária do Presidente da República para a Área Social, Fátima Viegas, afirmou, esta quinta-feira, em Luanda, que o programa de avaliação externa das aprendizagens é uma ferramenta indispensável de aferição da evolução e qualidade do desempenho de um sistema de educação e ensino.
Fátima Viegas, que falava durante o I Simpósio Internacional sobre Avaliação Externa das Aprendizagens, realizadas pelo Ministério da Educação, considerou o evento um momento importante para a definição de linhas orientadoras de implementação de um sistema nacional de avaliação externa das aprendizagens.
Na ocasião, a secretária do Presidente da República destacou, de forma particular, o “importante papel” da cooperação entre Angola e Portugal no domínio da Educação, devido às experiências trocadas.
Fátima Viegas reafirmou que a Educação é uma das prioridades da agenda do Executivo angolano, lembrando que se trata de um imperativo da Constituição da República e da Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino.
Defendeu, entretanto, que o desenvolvimento do sector da Educação impõe a mobilização de diferentes entendimentos, envolvendo todos os intervenientes da sociedade. “Estamos cientes dos inúmeros desafios que ainda se impõem para atingirmos as metas e aspirações estabelecidas no quadro dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU e da Agenda 2063 da União Africana (UA), que o Estado angolano é signatário”, declarou.
A avaliação externa da aprendizagem é uma das formas que o Executivo, através do Ministério da Educação, encontrou para a melhoria da qualidade do ensino no país, disse a ministra Luísa Grilo.
Cooperação com Portugal
Segundo a ministra da Educação, a institucionalização dos exames nacionais visa, sobretudo, a formulação de uma política de avaliação em “larga escala” no país. Salientou que, para a concretização deste desiderato, o Ministério da Educação precisa do apoio de Portugal, sobretudo no domínio da organização da logística.
Neste ano lectivo, revelou, 40 mil alunos da 6ª, 9ª e 12ª classes devem participar nos Exames Nacionais Pilotos (ENP), a decorrerem em todo o país. O director do Instituto de Avaliação de Educação (IAVE) de Portugal, Luís Santos, defendeu, na quarta-feira, que os dois países devem, também, trocar experiências no domínio da Inspecção Escolar, com vista ao reforço das competências dos inspectores nacionais.
“Precisamos de olhar mais para o inspector como um elemento de promoção de qualidade, que ajude na avaliação do trabalho nas instituições escolares, com vista à promoção da qualidade do ensino”, advogou o responsável português, durante uma visita ao Complexo Escolar “Ambrósio Lukoki”, no município do Cazenga.
A inclusão da inspecção no sistema da Educação, considerou, dá maior vigilância ao sector educativo.
Angola e Portugal assinaram, na terça-feira, em Luanda, um memorando de entendimento para a formação e avaliação externa. O protocolo visa ainda, entre outros aspectos, criar mecanismos para a cooperação, de modo a contribuir para a criação de um Sistema Nacional de Avaliação Externa em Angola e melhoria do Sistema Educativo.